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MANIFESTAÇÕES 5 DE DEZEMBRO | Dia de luta foi mais fraco do que a raiva dos trabalhadores, graças à traição das centrais

Ocorreram paralisações em Sergipe e Minas Gerais e manifestações em diversas capitais, mas a força do dia ficou aquém da raiva que os trabalhadores estão da reforma. Isso aconteceu graças à traição da maioria das centrais sindicais que deram essa desmobilização de presente para Temer.

terça-feira 5 de dezembro de 2017 | Edição do dia

Foto: Bloco do MRT na manifestação da CSP-Conlutas em São Paulo

Hoje, 5 de dezembro, as centrais sindicais deram mais um presente para Temer. Apesar da raiva dos brasileiros desse ataque de Temer as centrais desmarcaram a “paralisação nacional” que estava agendada para hoje, e mais, fizeram de tudo para que não ocorressem paralisações e importantes manifestações nesse dia. Temer, muito agradecido, utilizou muito bem o dia e seguiu distribuindo promessas, recursos, e contando votos para colocar a reforma para votação nos próximos dias.

Sindicatos e centrais sindicais abertamente sabotaram a indignação dos trabalhadores. Metroviários de São Paulo e outras categorias se preparavam para cruzar os braços no dia de hoje mas a decisão das centrais contribuiu para que não ocorressem paralisações relevantes, com exceção da educação e ônibus em Aracaju, capital do Sergipe (Saiba mais sobre como foi o dia nesse estado nordestino, clicando aqui). Também ocorreram paralisações da educação em Minas Gerais, com bloqueios de algumas universidades e paralisações da educação pública em Belo Horizonte e Contagem.

Saiba mais sobre como foram as paralisações em Minas Gerais, algumas delas ocorreram apesar da decisão da direção dos sindicatos

Veja abaixo algumas fotos das manifestações.

Manifestação na Avenida Paulista em São Paulo. Fonte: CUT

Manifestação em Belo Horizonte. Fonte: Mídia Ninja

Manifestação no Rio de Janeiro. Fonte: Esquerda Diário

Na maioria das outras capitais as manifestações organizadas pelas centrais sindicais se concentraram nos Aeroportos logo na manhã. Em algumas cidades, como ocorreu em São Paulo, além da manifestação organizada pelas maiores Centrais Sindicais junto às Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, houve manifestações independentes organizadas pela CSP-Conlutas e outras organizações políticas e sindicais que não concordaram com a traição a paralisação do dia de hoje.

A decisão das centrais sindicais, especialmente as duas maiores do país, CUT e Força Sindical, gerou revolta nos locais de trabalho é uma traição, não há sentido que não sua traição para a decisão tomada.

Anunciaram que manteriam “importantes” protestos no dia de hoje e que paralisariam o país quando a reforma for à votação. Ou seja, quando Temer estiver certo que já tem o número de deputados para acabar com nosso direito à aposentadoria aí quando a correlação de forças estiver pior, aí farão algo para constar, ao contrário de aproveitar a indecisão da base golpista para abolir completamente essa reforma e avançar para a luta pela revogação da escravista reforma trabalhista.

Apesar dos milhões que Temer está gastando com propagandas mentirosas para defender a reforma da Previdência, a amplíssima maioria dos brasileiros é contrário a esse ataque que significará que milhões não terão mais esse direito, e os que viverem para se aposentar terão o valor do direito reduzido.

Conheça as mentiras de Temer e da mídia sobre a Reforma da Previdência -> http://www.esquerdadiario.com.br/5-provas-de-que-a-nova-reforma-da-previdencia-vai-acabar-com-sua-chance-de-se-aposentar

O Movimento Revolucionário dos Trabalhadores que impulsiona o Esquerda Diário colocou todos seus esforços nos locais de trabalho e estudo, bem como através da internet, para chamar os trabalhadores a tomarem esse dia em suas mãos, mostrando a indignação com essa reforma e com a traição das centrais paralisando as atividades onde fosse possível e indo as ruas denunciando essa traição e exigindo retomar o caminho da greve geral.

Para impor às centrais sindicais a retomada do caminho da greve geral o PSOL, o MTST e a CSP-Conlutas precisam colocar seus esforços para a organização dos trabalhadores contribuindo a sua organização pela base e que possam superar o freio colocado por grande parte das direções. É necessário estar preparados para a continuada traição das centrais, organizar-se nos locais de trabalho e estudo e exigir das centrais sindicais uma urgente nova paralisação do país para garantir o direito a se aposentar que possa permitir a questionar todo legado de ataques de Temer e dos capitalistas.




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