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Dia da Enfermagem: Cuiabá tem ato em homenagem a profissionais da saúde mortos pela Covid-19

Em homenagem aos 98 enfermeiros mortos em decorrência do coronavírus, profissionais da saúde fazem homenagem aos colegas mortos pela Covid, com 98 cruzes na calçada e entrega de 500 máscaras para a população.

terça-feira 12 de maio de 2020 | Edição do dia

Segundo o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), o estado tem 17 trabalhadores de enfermagem testados positivos para Covid-19. Dados do Cofen também apontam que mais de 3,8 mil profissionais de enfermaria estão infectados pelo vírus e outros 9,5 mil casos são investigados.

Hoje, no dia internacional da enfermagem, esses profissionais ainda tem que lutar pelo básico, como álcool gel e EPIs, mesmo sendo os trabalhadores mais essenciais para o momento e estando na linha de frente no combate ao coronavírus. Em muitos outros hospitais, como no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, não estão liberando grupo de risco e nem as pessoas que apresentam sintomas da doença.

Por não haverem testes pra população, o que faz com que o número de contaminados suba absurdamente quando se mistura contaminados e não contaminados, nem haverem testes para os próprios trabalhadores da saúde, esses profissionais são obrigados a entrarem numa guerra contra o vírus sem nenhum tipo de escudo ou armas e com muito mais oponentes.

Enquanto o governo federal liberou 1,2 trilhões de reais pros bancos e grandes empresários, nos hospitais, os trabalhadores sofrem com a PEC do Teto de Gastos da saúde e da educação, além de serem super-explorados e fazerem jornadas de trabalho imensas pra enfrentar a crise. É necessária a contratação imediata mais profissionais da profissionais da saúde, junto à estatização de hospitais privados em um sistema único de saúde comandado pelos próprios trabalhadores, pois são os que conhecem as reais demandas.

Em outros diversos lugares do país trabalhadores da saúde também se manifestaram: em Belém, com as trabalhadoras do Hospital Municipal Mário Pinotti; em Minas Gerais com os protestos dos trabalhadores da saúde contra Zema e a Fhemig; e a emocionante homenagem a uma técnica de enfermagem que faleceu vítima da Covid-19 em São Paulo, do Hospital Municipal Dr. José Soares Hungria, em Pirituba. No Hospital da USP os profissionais deram um grande exemplo onde conseguiram furar o cerco da mídia com um ato em frente ao hospital enquanto formaram um Comitê dos trabalhadores, com delegados eleitos para lutarem contra os ataques.

Sabemos que os atuais governantes não tem interesse algum pelas reais demanda da classe trabalhadora, enquanto Bolsonaro diz “e daí?” pros mais de 10 mil mortos por Covid-19 e Mourão enaltece a ditadura militar, precisamos lutar por uma saída independente da classe trabalhadora onde o próprio povo possa debater os rumos do país: uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, pelo fora Bolsonaro e Mourão.




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