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CAMPINA GRANDE: UFCG | Dia Nacional de Luta em defesa da educação e das liberdades democráticas

quarta-feira 5 de dezembro de 2018 | Edição do dia

Em sintonia com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, ANDES-SN em Campina Grande (PB), a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande (ADUFCG) realizou uma paralisação ativa neste 04 de novembro para participar do Dia Nacional de Luta em defesa da educação e das liberdades democráticas.

A paralisação foi deliberada pela primeira assembleia da ADUFCG realizada após o ataque do bonapartizante Poder Judicial e a Polícia Federal à nossa sessão sindical, ocorrido na quinta-feira, 25 de outubro, como denunciamos dias antes do triunfo eleitoral de Bolsonaro nestas eleições manipuladas.

As atividades foram organizadas pela Comissão de Mobilização da ADUFCG, integrada pela diretoria do sindicato e aberta a participação do ativismo.
Foi realizado desde às 07 horas da manhã uma panfletagem no portão principal da UFCG tendo como eixos questões gerais e questões específicas, entre outros, a defesa das liberdades democráticas, da educação pública, gratuita e laica, a estabilidade dos servidores públicos, da carreira docente e das progressões, assistência estudantil e a democratização das decisões na UFCG. E contra o congelamento dos gastos em saúde e educação pela Emenda Constitucional (EC) 95/2016, o fim da previdência social e a criminalização da atividade docente, dos movimentos sociais e sindicais.

Posteriormente realizou-se uma Rádio Aberta e atividades culturais e políticas, fechando com uma conferência ministrada pelo Professor Michel Zaidan, atual professor na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o qual foi alvo de várias ameaças da extrema direita nessa universidade.

Destacamos que Zaidan foi professor da UFCG antes de assumir na UFPE. Sua intervenção focou da luta dos professores em Campina Grande contra a ditadura militar e sua experiência, tecendo críticas à política educativa proposta pelo futuro Ministro da Educação de Jair Bolsonaro, Ricardo Vélez Rodriguez.

Independentemente das diferenças políticas que possamos ter com elementos da intervenção política do professor Zaidan, desde Esquerda Diário expressamos nossa solidariedade incondicional contra as ameaças que extrema direita vem realizando contra ele e demais professores da UFPE.

Junto com a paralisação em si mesma, tanto a panfletagem como esta conferência foram as atividades mais políticas da Jornada.

O mais relevante da jornada foi que, em num contexto de pouca articulação do ativismo na cidade, o fato de tentar paralisar e politizar algumas das atividades da jornada é relevante, mas ainda insuficiente para o nível dos ataques em curso e os que estão por vir com o governo de Bolsonaro e a crescente bonapartização do regime político no país. Para mudar esta situação é preciso sim defender a educação pública e as liberdades democráticas, sem confiar na institucionalidade, para que desde a Comissão de Mobilização organizar comitês de base da UFCG que articulem estudantes, docentes e servidores técnico-administrativos diante deste novo cenário político e as mudanças no regime político que tenta fechar por extrema direita a crise orgânica que vivencia o país. É preciso fortalecendo também os comitês de base municipais e estaduais tendo uma perspectiva nacional, exigindo um plano de luta real por parte das centrais sindicais, tomando como exemplo os coletes amarelos da França que fizeram Macron retroceder, para desta forma derrotar os planos de Bolsonaro, a extrema direita e o imperialismo no país.




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