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TRAGÉDIA MARIANA | Deslocamento na barragem de Fundão gera novo alarme da inércia dos capitalistas

As recentes notícias acerca da maior tragédia ambiental do país que envolve as grandes empresas mineradoras Samarco, Vale e BHP seguem sendo preocupantes. A mais recente é a do deslocamento de terra na barragem do Fundão. Enquanto isso, os planos de emergência apresentados são insuficientes e denúncias de antigos alarmes de rompimento aparecem, mas segue a lógica dos capitalistas de fazer o mínimo ao redor da tragédia para manter seus lucros e seu domínio sobre as regiões mineradoras.

Flavia ValleProfessora, Minas Gerais

quinta-feira 28 de janeiro de 2016 | 00:32

Deslocamento de terra na barragem de Fundão

Nesta quarta feira, 27/01, a barragem de Fundão teve um deslocamento de rejeitos de minério tóxico. A mineradora confirmou a informação minimizando-a, dizendo ter sido o deslizamento de pequena proporção. Não houve novas vítimas, ainda que os trabalhadores mais uma vez tiveram que sair às pressas do local. O material que deslocou seriam sedimentos do vazamento anterior

O plano de emergência caso haja o rompimento das barragens de Santarém e Germana foram entregues pela Samarco com atraso, apenas no dia 13/01, e é considerado ineficiente por especialistas e pelo Ministério Público.

Engenheiro alertou empresa sobre risco rompimento

O engenheiro projetista da barragem de Fundão, Joaquim Pimenta de Ávila, disse ter alertado a empresa de um possível rompimento, um ano antes da tragédia. Segundo o especialista, ele alertou sobre o aparecimento de uma trinca que poderia causar um “princípio de ruptura”. Em depoimento à Polícia Federal, ele afirmou que a situação “necessitava de uma providência maior do que a que a Samarco estava tomando”.

É preciso evitar novas tragédias e destruição natural

O confisco dos bens dos poderosos empresários da mineração pode garantir verbas suficientes para um plano de emergência, com obras públicas financiadas pela fortuna dos empresários e seus lucros bilionários. Um plano capaz de evitar novas tragédias e reconstruir as regiões impactadas pelo desastre causado pela ganância capitalista e caminhar para a única maneira capaz de racionalizar a produção de minério sem destruir a vida e as cidades, a reestatização da Vale, controlada pelos trabalhadores e o povo.

Frente a tamanha inércia capitalista movida pela sede de lucro, apenas uma produção racionalizada e planificada da extração de minério é que pode deixar de desmatar as regiões mineradoras, secar nascentes, destruir mananciais, e, o mais urgente, evitar novas tragédias e recuperar as regiões devastadas e atingidas pela tragédia.




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