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DESEMPREGO | Desemprego causa a maior taxa de inadimplência dos últimos 7 anos

quarta-feira 4 de outubro de 2017 | Edição do dia

O Brasil vê hoje a maior taxa de inadimplência dos últimos 7 anos, conforme apresentado em setembro pela pesquisa do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Não havia ocorrido um aumento tão grande desde maio de 2010. De acordo com a amostra, temos 3,9 milhões de famílias que não estão conseguindo pagar suas contas.

A pesquisa realizada considerou como inadimplência não apenas os atrasos nos pagamentos de dívidas nos bancos, mas em relação a qualquer tipo de despesa financeira que uma família pode ter, como por exemplo, as contas de água e luz. Ou seja, existem quase 4 milhões de famílias no Brasil que encontram dificuldades de manter seu acesso às condições básicas de vida.

O governo liberou há pouco tempo o FGTS para vários brasileiros, na esperança que houvesse uma melhora na condição financeira das pessoas, e que assim pudessem pagar suas dívidas e aumentar o consumo. Segundo Marianne Hanson, economista da CNC, Mas isso não basta. "Tem uma parcela das famílias que conseguiram reduzir seu endividamento, mas tem também uma parcela muito significativa com dificuldades". Logo, essa melhora não representa um avanço permanente, sendo apenas uma medida para maquiar em algum nível a real situação que se encontram as famílias no Brasil.

A diminuição a inflação também não cumpre um papel eficaz: seu impacto se limita a situação das pessoas empregadas. Entretanto, há muitas famílias que são sustentadas por apenas um membro que está empregado, o que não significa que houve uma melhora real para essas pessoas.

Hoje, o desemprego atinge em média 13,8 milhões de brasileiros, que encontram-se nas mais diversas situações de dificuldade, que vão desde comprar alimentos, à pagar para ter acesso à água tratada, saneamento básico e luz elétrica. Enquanto os trabalhadores vêm os preços subirem, as contas cada dia mais difíceis de serem quitadas, grandes empresas como o banco Itaú, tem um lucro de 6 bilhões de reais no segundo semestre de 2017. Além disso, o governo também continua atacando os trabalhadores com reformas trabalhistas, aprovação da lei da terceirização e buscando aprovar a reforma da previdência.

É jogando nas costas dos trabalhadores a conta da crise, para que o lucro dos capitalistas se mantenham cada vez maiores, que eles se sustentam. É preciso que os trabalhadores e a juventude se mobilizem, para fazer com que os reais donos desta crise paguem por ela.




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