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CORONAVÍRUS | Descaso e precarização: mais de 199 mil trabalhadores da saúde suspeitos de Covid-19

Ministério da saúde admitiu que Brasil já tem 199.768 profissionais da saúde sob suspeita de COVID-19. Esse número escandaloso é devido ao descaso com a categoria que sofre com a falta de EPIs. É urgente a necessidade de reconverter a indústria para produzir em massa equipamentos para quem está na linha de frente da pandemia pode se proteger.

sexta-feira 15 de maio de 2020 | Edição do dia

Nesta quinta (14), o Ministério da Saúde admitiu durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, que 31.798 profissionais da saúde no país estão com COVID-19, e mais de 199.768 estão com suspeita da doença. A maior concentração dessas notificações são no Estado de São Paulo. Esse número é escandaloso já que supera o número de casos confirmado no país inteiro que são de mais de 197 mil. Fruto de um descaso e precarização feito pelos governos, tanto Bolsonaro, como dos governadores dos Estados como Doria e Witzel que seguem negligenciando e precarizando os locais de trabalho dessas trabalhadoras e trabalhadores que são linha de frente no combate ao vírus.

É algo extremamente absurdo. O Brasil é o país onde teve maior número de morte de profissionais da saúde. Além disso que esse número absurdo de suspeitas se deve pelo fato de não ocorrer testes para esses trabalhadores. Mais de 30% dos hospitais no país não testam seus funcionários que estão em contato direto com pessoas infectadas. O pior de tudo é a falta de equipamentos de proteção individual (EPIs), onde os governos não garantem nem sequer máscaras, que o equipamento mais simples de proteção desses trabalhadores.

Isso se mostra a necessidade de uma reconversão industrial para produzir esses equipamentos. Proteção para esses profissionais é o mínimo para eles seguirem na luta e salvando milhares de vida que vêm sofrendo com o vírus. Alguns ramos da indústria seguem funcionando e produzindo objetos que não são nada essenciais no meio desta pandemia que vivemos. A indústria têxtil, por exemplo, tem que girar todas sua maquinaria para produzir máscaras para essas trabalhadoras. Esse ramo segue produzindo roupas refinadas e pretensiosas, que não são essenciais, para dar mais lucros aos empresários, enquanto nos hospitais faltam máscaras, que não é nada mais do que um pano com dois elásticos. É um completo absurdo. é urgente que toda a indústria seja reconvertida para a produção de equipamentos e produtos essenciais para a população sobreviver nesse momento de pandemia.

Mas sabemos que isso não se dará pelas mãos desses capitalistas que só tem interesse de salvar seus lucros e evitar a “morte dos CNPJs”, e não dão a mínima a vida de milhões de trabalhadores. Assim como muito menos se dará nas mãos desses políticos burgueses como Bolsonaro, militares, Doria, Witzel, Maia, e Toffoli, que defendem e trabalham para esses mesmos capitalistas. Como os governadores de todos os Estados, inclusives os do PT e PCdoB que assinaram uma carta contra a fila única de UTIs para paciente de Coronavírus nas unidades privadas, mesmo com o sistema de saúde de inúmeros Estados colapsando. Somente os trabalhadores podem mostrar uma resposta e uma saída que seja totalmente anticapitalista. Colocando a vida das pessoas acima dessa classe parasita que quer seguir lucrando em cima da vida e da morte dos trabalhadores.

Essa medida precisa ser tomada com urgência, colocando os trabalhadores dessas indústrias, que são os mais afetados pela pandemia e os mais interessados em salvar vidas, e não lucros, para controlar a produção. Além disso, os hospitais privados também devem ser declarados de utilidade pública e centralizados sob o SUS, com controle dos trabalhadores, garantindo assim leitos para os que necessitam.

Reconversão industrial sob controle dos trabalhadores já!




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