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PETROBRAS | Desabastecimento do Porto de Santos mostra força da greve dos petroleiros contra demissões

segunda-feira 17 de fevereiro de 2020 | Edição do dia

Atrasos na produção e prejuízos para os capitalistas, é a única linguagem que os capitalistas entendem e a demonstração da força dos trabalhadores. No Porto de Santos, navios de carga estão sendo abastecidos com metade do combustível usual, e por isso as rotas estão tendo que ser refeitas, para que os cargueiros reabasteçam em outro local. A informação é do próprio sindicato patronal, o Sindamar ( Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo).

Apenas navios de passageiros estão recebendo o bunker como solicitado, e os navios que solicitaram abastecimento de 1 mil a 1,2 mil toneladas de combustível estão recebendo apenas metade do solicitado. Segundo levantou um jornal local, um dos casos relatados foi de um navio que ficou parado por 12 horas, atracado aguardando abastecimento. O prejuízo foi calculado em 150 mil dólares, ou R$ 646,5 mil na ’cotação Paulo Guedes’.

A Transpetro (Petrobras Transporte) alega o problema é pontual e que não haveria problemas de abastecimento. Já os trabalhadores afirmam que há uma política de contenção e preservação de estoque dos combustíveis.

Leia também: CUT, CTB e esquerda precisam convocar atos de apoio à greve dos petroleiros em todo país

A responsabilidade de tudo isso é da intransigência da direção da empresa, do indicado de Paulo Guedes, Roberto Castello Branco, que vem colocando à risca a cartilha de não negociar, atacar o direito de greve e privatizar a empresa. A Petrobras não negocia com os grevistas e insiste em jogar nas ruas mais de mil famílias com o fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná, na qual testam uma política de fechamento de plantas que pretendem aplicar na empresa em escala nacional até que esta vire uma mera perfuradora que vende óleo e compra o produto refinado - gerando mais gastos ainda para o povo trabalhador enquanto os grandes acionistas e grandes multinacionais lucram em escala estratosférica.

Contra esses ataques, é necessário que a greve rompa o isolamento lutando para que as grandes centrais sindicais, como a CUT, a CTB, a Força Sindical, convoquem manifestações em apoio à greve dos Petroleiros. Para que esta greve seja vitoriosa, para que toda sua força leve a impactar a produção e os lucros, é preciso uma coordenação construída na base, construindo a unidade da categoria que é dividida entre as Federações (FUP e FNP), construindo um comando nacional de delegados de cada terminal, plataforma, refinaria e local de trabalho da Petrobras, com os trabalhadores tomando a direção da greve, e garantindo a unidade das bases, e que as decisões dos rumos da greve sejam tomadas pela base, e de forma conjunta por toda a categoria. Leia mais sobre isso aqui




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