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ATAQUE AOS SERVIDORES | Derrubar o veto de Marchezan à proibição do parcelamento de salários!

Na última quinta (02) a vereadora Fernanda Melchiona (PSOL) pediu o adiamento da votação do veto total de Marchezan Jr. (PSDB) ao projeto que proíbe o parcelamento dos salários dos servidores municipais. A votação está prevista para a próxima segunda (06). É necessário uma grande mobilização para barrar este ataque!

sexta-feira 3 de março de 2017 | Edição do dia

O projeto de lei municipal que proíbe a prefeitura de parcelar salários dos trabalhadores do município, de autoria de Fernanda Melchionna e Alex Fraga (PSOL), foi aprovado pela Câmara de Vereadores no final do ano passado. Porém o prefeito Marchezan está convicto em seguir o exemplo do governador Sartori (PMDB) e fazer com que os trabalhadores paguem pela crise, atacando este direito fundamental de receber os salários em dia.

Na última quinta-feira seria votado na Câmara o veto total proposto pelo prefeito ao projeto aprovado no ano passado. A partir de solicitação da vereadora Fernanda Melchionna, a votação foi adiada para segunda-feira. Isso dá mais tempo para os servidores se mobilizarem para barrar esta medida de ataque da prefeitura.

A vereadora espera que até lá consiga articular os 12 votos que faltam para barrar o veto. Estes 12 votos devem sair da chamada bancada independente, que é liderada pelo DEM. Porém não se pode contar com a boa vontade dos vereadores da capital para derrubar este veto. Uma medida de ataque tão dura como esta, que Marchezan se demonstra convicto em garantir, precisa de uma ação decidida dos trabalhadores

A direção do Sindicato dos Municipários declarou que o adiamento da votação é positivo pois dá mais tempo para a categoria organizar uma pressão pela derrubada do veto. Porém a mesma direção do Simpa, em assembleia dos professores municipais na manhã desta sexta (03) não propôs nenhuma medida mobilização unificada entre todos os servidores do município, tanto na questão do decreto que modifica a carga horária dos professores e ataca a educação municipal, quanto na defesa dos salários.

Uma assembleia geral dos municipários está marcada para o dia 09, próxima quinta. Porém é necessário que desde já todos os trabalhadores do município de unam aos professores, que já vem se mobilizando, para barrar o veto do prefeito e defender seus salários. A grande assembleia e depois a marcha de professores da manhã desta sexta demonstra uma enorme disposição das trabalhadoras e trabalhadores para lutar contra as medidas do prefeito.

É necessário que o Simpa organize uma grande mobilização não só nas galerias da Câmara, mas nas ruas de Porto Alegre e também nos locais de trabalho para combater estas medidas. Os vereadores do PSOL precisam não só buscar votos contrários ao veto de Marchezan na Câmara, mas de colocar seu mandato à disposição da luta dos trabalhadores municipários, convocar a mobilização e denunciar amplamente os ataques da prefeitura.

Marchezan, em seus primeiros meses de governo, mantém o discurso de que é necessário atacar os trabalhadores para "equilibrar" as contas da cidade. Enquanto congela contratações e não chama nem aqueles que já foram aprovados em concursos para começar a trabalhar, ameaça atraso de salários aos servidores e chegou a ameaçar o emprego de milhares de trabalhadores rodoviários, com o anúncio de extinção do cargo de cobrador.

As isenções de impostos e todos os privilégios dele e dos demais políticos, entretanto, se mantêm intactos. É necessário unificar a luta de todos os setores golpeados pelas medidas de Marchezan. Iniciar na segunda-feira uma grande mobilização contra o parcelamento de salários que prepare a luta unificada contra todos os ataques. Os municipários, rodoviários e também a juventude que se mobiliza contra o aumento da passagem defendido pela prefeitura precisam estar lado a lado nestes combates.

No próximo dia 08, para quando está sendo convocada internacionalmente uma greve de mulheres, ocorrerá também assembleia dos professores estaduais, atacados por Sartori desde o início de seu mandato. A destruição da educação pública e do conjunto dos serviços públicos, que ataca diretamente servidores estaduais, municipais, federais e toda a população trabalhadora usuária destes serviços, é parte de um projeto dos governos capitalistas para garantir os lucros e privilégios da classe dominante da casta política às custas de mais precaridade de vida à classe trabalhadora. É necessário organizar desde já, em cada local de trabalho e estudo, uma resposta contundente e unificada aos ataques de Temer, Sartori e Marchezan.




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