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DENÚNCIA | Deputado do PSL de Bolsonaro pede prisão do jornalista Glenn Greenwald

Após operação da Polícia Federal, na qual prendeu os supostos "hackers" que estariam envolvidos com vazamentos de dados do celular do Ministro Sérgio Moro e de outros políticos, a bancada reacionária do PSL clama por aumentar as medidas autoritárias do governo atropelando direitos democráticos mínimos.

sexta-feira 26 de julho de 2019 | Edição do dia

Logo pela manhã, o Ministro Sérgio Moro publicou no Diário Oficial da União a portaria 666 que trata sobre "o impedimento de ingresso, a repatriação, a deportação sumária, a redução ou cancelamento do prazo de estada de pessoa perigosa para a segurança do Brasil(..)". Um enorme ataque democrático a todos os imigrantes e estrangeiros em nosso país, e que no imediato significa uma tentativa de ameaçar Glenn Greenwald, organizador da chamada "VazaJato".

Os vazamentos mostrando a podridão e hipocrisia da Lava-Jato e seus líderes, que apenas confirmaram a obviedade da intenção manipulada da Lava-Jato causaram uma reação histérica da direita lava-jatista, desde fakenews sobre o jornalista até ameaças contra ele, seu companheiro e filhos, ou das hashtags clamando pela deportação. Ao ponto do deputado Filipe Barros, protocolar na PGR um escandaloso pedido de prisão do jornalista americano Glenn Greenwald.

Sobre esta situação, Marcello Pablito, dirigente do MRT declarou que "Repudiamos fortemente a portaria 666 lançada por Moro hoje como um enorme ataque a imigrantes e estrangeiros em nosso país. Deve ser uma bandeira de todos os trabalhadores repudiar essa medida, assim como as medidas que querem censurar e atacar a liberdade de expressão. Ao mesmo tempo é completamente absurdo o pedido de prisão do jornalista Gleen Greenwald do site The Intercept. O que vemos é que logo após a reforma da previdência andar a passos largos para sua aprovação final, há uma tentativa de uma maior escalada autoritária do governo, com a bancada do PSL, a Polícia Federal e o Ministro Sérgio Moro a frente. É neste mesmo cenário que vemos perseguições nas universidades, entrada da polícia nos sindicatos e censura de dados. É preciso se organizar pra enfrentar todos estes ataques que tem como objetivo também aprofundar o caminho pra aprovação dos planos de ajustes".

Sobre a operação Lava Jato Pablito completou "É por isso que rechaçamos por completo a operação Lava-Jato e não temos a posição de melhorar ou limpar a Lava Jato como defende o The Intercept e o próprio jornalista Gleen Greenwald. A Lava Jato é claramente uma operação subordinada ao imperialismo e pilar do golpe institucional, portanto é parte de buscar a implementação em nosso país de um duríssimo plano de ajustes pra descarregar a crise sob as costas dos trabalhadores. É por isso também que pra enfrentar todas as reformas em curso, todos os ataques à educação e todas as medidas autoritárias teremos que superar e impor para as direções das centrais sindicais como CUT e CTB um plano de luta concreto".




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