A deputada estadual Andreia de Jesus (PSOL/MG), que é líder do Conselho de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), publicou na noite da última terça-feira (03) carta onde denuncia as ameaças de morte que sofreu.
quinta-feira 4 de novembro de 2021 | Edição do dia
Foto: Sarah Torres
De acordo com as declarações da parlamentar, os ataques foram publicados em suas redes sociais e são uma reação ao anúncio feito por ela no domingo (31/10), de que a comissão do Conselho de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais pretende investigar a operação policial deflagrada em Varginha, no Sul de Minas.
O massacre que tirou a vida de 26 pessoas uniu as corporações da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Segundo as declarações da polícia, o grupo formava uma quadrilha especializada, violenta e fortemente armada que realizava roubo a bancos.
A parlamentar Andreia de Jesus afirmou que no domingo havia recebido denúncias de que um jovem negro sem envolvimento algum com o crime organizado teria sido assassinado na operação policial.
"Você vai ver o que lhe espera. Vamos te matar. Seu fim será igual ao de Marielle. Pra tu ficar de exemplo"
Mensagens desrespeitosas, covardes e asquerosas como essas foram direcionadas à página do Instagram da deputada. Essa prática é comum por parte daqueles que tentam impor de forma autoritária seu projeto racista, justificando a violência extrema aos setores mais explorados e oprimidos da sociedade, através de uma narrativa mentirosa de combate ao crime organizado.
Nossa correspondente e professora em Minas Gerais, Flavia Valle, publicou seu repúdio aos ataques e sua solidariedade à deputada.
Repúdio total à ameaça de morte feito à dep. estadual do Psol @andreiadejesuus após cobrar apuração da chacina da PM em Varginha, que executou sumariamente 26 pessoas. Basta de violência policial e de perseguição aos q as denunciam. Toda minha solidariedade a Andreia de Jesus!
— FlaviaValle (@FlaviaValle_ED) November 4, 2021
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