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ARTICULAÇÕES TEMER | Depois de se encontrar com o Skaf, Temer se encontra com Serra em Brasília

O tucano tem sido apontado como um ocupante de cargo no ministério de Temer, caso ele assuma a Presidência com o afastamento de Dilma.

segunda-feira 25 de abril de 2016 | Edição do dia

O PSDB está dividido em duas alas. Uma é representada por José Serra, que defende o apoio ao governo Temer com o partido assumindo cargos, e outro setor tucano está sendo representado por Geraldo Alckmin que declarou apoiar um futuro governo do vice-presidente, mas sem assumir cargos. Nas palavras de Serra, “Eu concordo com o senador Aloysio Nunes Ferreira: se o futuro presidente Michel Temer aceitar os pontos programáticos do PSDB, o partido deve apoiar o governo. E se apoiar o governo e for convidado, deve participar do governo. Seria bizarro o PSDB ajudar a fazer o impeachment de Dilma e depois, por questiúnculas e cálculos mesquinhos, lavar as mãos e fugir a suas responsabilidades com o país”.
Temer passou o fim de semana dando continuidade à série de encontros com políticos e economistas que o aconselham na montagem de seu eventual governo. Mais cedo neste domingo, o vice- presidente recebeu, por mais de seis horas, o presidente da FIESP, Paulo Skaf. Segundo o presidente da entidade patronal de São Paulo, Temer ouviu atentamente as propostas apresentada para um novo governo.

O vice-presidente é conhecido por ser o político das sombras, conforme escrevemos neste artigo, e está fazendo suas articulações debaixo dos panos com figuras da oposição burguesa ao governo Dilma. Estas articulações espúrias envolvendo cargos e privilégios com várias figuras representantes da burguesia apenas demonstram o caráter reacionário do golpe institucional que está em curso no país.
Esta conversa feita com o Temer mostra que de um lado o José Serra tenta buscar um espaço mais privilegiado na política brasileira para conseguir vôos maiores nas eleições de 2018. Serra que está envolvido na corrupção do Metrô de São Paulo, foi ministro da Saúde na época do Governo de Fernando Henrique Cardoso, época que se realizou um grande corte no orçamento em diversas áreas publicas do país. Além do mais, Serra foi governador do Estado de São Paulo e responsável por sucatear a saúde, transporte e educação nestes últimos 20 anos em que o PSDB esteve a frente de São Paulo.
Na conversa feita por Temer mais cedo, mostra que o vice-presidente está disposto sentar com a pessoa que esta encabeçando uma campanha de que os grandes empresários não irão pagar pela crise econômica capitalista que o país está vivendo. Para além de colocar o pato gigante na Paulista, Skaf também terá que seguir em negociações pra conseguir alguma melhor localização num futuro governo Temer.
O Senador José Serra e o presidente da FIESP Paulo Skaf são inimigos dos trabalhadores. Qualquer coisa que esteja envolvido estes dois representantes da burguesia, os trabalhadores tem que se colocar do lado oposto. Neste sentido é necessário exigir da CUT organize uma luta efetiva contra o golpe institucional e também contra os ajustes de todos os governos.




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