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PMDB CARIOCA E GOVERNO DILMA | Depois de emplacar mais ministros, Pezão eleva o tom em defesa de Dilma

sexta-feira 9 de outubro de 2015 | 00:00

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), minimizou o parecer unânime do Tribunal de Contas da União (TCU) que recomendou ao Congresso a rejeição das contas da presidente Dilma Rousseff.

Pezão, o mais governista dos governadores do PMDB tem sido um interlocutor frequente da presidente Dilma em meio à crise política. Devido a seu poder dentro do mais forte diretório do PMDB, o governador, junto aos também fluminenses Picciani e Eduardo Cunha, emplacou vários ministros no governo.

"A eleição passou. Temos que respeitar as urnas. Já estão fazendo isso com a Presidência da República, vocês imaginam o que vem daí para baixo. Temos aspectos da Lei de Responsabilidade Fiscal que têm de ser discutidos".
O alerta do governador a prefeitos de seu estado aponta um argumento político que possivelmente o governador usará para disciplinar os deputados de seu estado contra o impeachment, bem como um alerta sobre as possíveis implicações no regime de um processo como este.

Ciente das mil e uma falcatruas de governos país à fora e do uso de “pedaladas fiscais” e outras artimanhas por outros governadores, Pezão teme que uma condenação de Dilma possa ser o início de uma “insegurança jurídica” generalizada. Este argumento é similar a um argumento já usado antes pela presidente Dilma. Em reunião com governadores semanas atrás ela dizia que sua condenação colocaria em risco vários deles que também teriam adotado procedimentos similares.

O tom de ameaça de Pezão serve para buscar recompor forças e chegar a consensos que visem o que é de comum acordo de PT, PMDB e PSDB: os ajustes fiscais. A declaração pública do governador do Rio, que costuma operar nos bastidores deixando os deputados de seu estado irem ao holofote, como uma tentativa de chamar para si a responsabilidade no disciplinamento da bancada. Depois de conseguir mais ministros para o PMDB do Rio de Janeiro, Pezão parece estar honrado, “sem papas na língua” sua parte do “toma lá da cá” de Brasília.




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