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Depois de Temer, ministros demonstram cordialidade a Trump

quarta-feira 9 de novembro de 2016 | Edição do dia

Após Michel Temer elogiar e parabenizar Trump por sua vitória, ministros do alto escalão também demonstraram total cordialidade.

Em saia justa devido a suas declarações anteriores, José Serra, que em julho deste ano classificou a possibilidade de vitória de Trump como um “pesadelo para todas as pessoas de bem”, voltou atrás com frases vazias. Lançou reflexões futebolísticas (“Treino é treino, jogo é jogo”) e afirmou que pesadelo só se tem dormindo.

Acordado, Serra não se importa com o racismo, o machismo, a xenofobia, e nos EUA, respeita o resultado das urnas. "Nas democracias, as decisões do eleitorado se respeitam e se cumprem não apenas por quem vence. O jogo começa agora", acrescentou o chanceler, segundo declaração publicada pelo Valor. Resta saber se nesse caso, o golpe no Brasil foi um sonho ou um treino.

Já Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil, torce para que o prometido protecionismo americano seja mais uma promessa eleitoral da boca pra fora, “Nós vimos pelas últimas administrações que a presidência da República nos Estados Unidos nem sempre consegue dar todo o rumo que gostaria. Vide as iniciativas do presidente [Barack] Obama, muito bem avaliado, mas que ele não conseguiu implantar”, publicou o El País.

Para os líderes do governo golpista, tanto faz como serão tratados os imigrantes, os negros, as mulheres, os homossexuais, afinal, essa nunca foi sua preocupação nem no Brasil e muito menos nos EUA. O pesadelo é se o protecionismo vai afetar os empresários brasileiros que exportam produtos como carne, ferro, soja, e aço. Mas suas apostas são seguir negociando e conseguir acordos para que sigam lucrando, afinal, devem imaginar que a xenofobia pregada por Trump se restrinja a trabalhadores pobres de todo o mundo, e que os interesses sempre servis da burguesia brasileira, não representem ameaça.




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