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VIOLÊNCIA POLICIAL | Democracia para quem? Jovem é morto por se manifestar na Maré

terça-feira 13 de fevereiro | Edição do dia

Foto: Pedro Ivo / Agência O Dia

Na manhã de quinta-feira (8) moradores do Complexo da Maré organizaram um protesto contra a violência sistemática da polícia na área, o protesto ocorreu na Avenida Brasil, enquanto os moradores protestaram um policial covardemente atirou contra Jefferson de Araújo, 24 anos, a queima roupa, o jovem ficou agonizando por mais de dez minutos, os únicos que estavam clamando por socorros eram os moradores do Complexo da Maré que estavam presentes no protesto, mas Jefferson acabou não resistindo aos ferimentos e acabou morrendo. O policial acusado do assassinato e outros policiais sairam sem prestar socorros, infelizmente, essa é realidade da juventude negra e pobre que vivem nas favelas e periferias do Rio de Janeiro que tem suas vidas marcadas pela violência constante por parte dessa polícia de Cláudio Castro, governador abertamente defensor das chacinas e mais operações nas favelas.

Jefferson de Araújo assim como vários moradores só estavam protestando pelo direito de viver tranquilamente nos seus locais de moradias, mas a vida de Jefferson foi interrompida e marcada terrivelmente pela ação violenta da polícia, isso é uma prova clara de que a democracia vendida pelo governo, TVs e outras mídias é uma grande mentira, porque um jovem é morto covardemente pelo simples fato de se posicionar contra a violência policial. Tudo isso acontecendo em um governo de frente amplíssima, que cabe até afagos a figuras da extrema direita como Tarcísio e os acordos com Lula em São Paulo. Ao mesmo tempo também aponta os limites claros das figuras ministeriais que na prática não muda em nada a forma como a polícia segue reprimindo nas favelas, mostrando como a própria representatividade em si mesmo já tem seus próprios limites. E o problema da polícia é parte estruturante da lógica capitalista de Estado que busca constantemente oprimir e humilhar negro e pobre da classe trabalhadora.

Não é a primeira vez que a Maré é alvo de operações, ao contrário, já passou por grandes operações por parte do próprio governo do PT, como os 14 meses de ocupação das Forças Armadas em 2014 a 2015. Segundo o site Maré de notícias, “é que menos de 1/4 da população da Maré considerou a ocupação ótima (4%) ou boa (20%), enquanto o restante dos entrevistados avaliou a ação das Forças Armadas como regular (49%), ruim (12%) ou péssima (14%). Para 70% da população da Maré, a entrada das Forças Armadas não aumentou a sensação de segurança. No último período Lula avançou nos acordos para o fortalecimento dos aparatos repressivos da polícia, como os R$20 milhões destinados a instituição policial na Bahia e mais os acordos firmados entre Flávio Dino, ex-ministro da justiça e segurança pública, e com Cláudio Castro para construção de mais presídios, novas compras de caveirões, helicópteros e armamento para a polícia seguir reprimindo nas favelas e periferias do Rio de Janeiro.

Não é de agora que PT alimenta ações que deixa sangue negro e pobre, vem de muito antes, como a ocupação das UPPs nas favelas, o envio das tropas brasileiras ao Haiti e ao próprio histórico criminoso de violência contra os negros e pobres na Bahia. Essa é a expressão mais acabada que a política de frente ampla do Lula-Alckmin não estão dispostos a superar, ao contrário, Lula segue em busca de alianças com Cláudio Castro, inimigo declarado dos negros e pobres da classe trabalhadora carioca, na prática o PT em nome da frente ampla é conivente e incentiva mais repressão por parte da polícia.

Por justiça a Jefferson e todas as vítimas de violência policial temos que construir fortes campanhas e movimentos em unidade com setores dos direitos humanos, figuras importantes de movimentos sociais em unidade com a classe trabalhadora para impor o fim das operações policiais e instituições de repressão. Sem nenhuma confiança nas instituições judiciais que são as mesmas que isentam os policiais de seus próprios crimes e fazem vários familiares vítimas da violência de Estado aguardarem anos e anos de espera por justiça às vítimas. Na verdade é uma somatória de ações conjuntas por parte das instituições do Estado e do governo para seguir derramando sangue negro e pobre nas favelas.




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