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CORRUPÇÃO | Delator da Odebrecht: Caixa Dois para Pezão foi para manter "acesso privilegiado" ao governo

terça-feira 13 de dezembro de 2016 | Edição do dia

O ex-executivo Leandro Andrade Azevedo, ex-diretor de Infraestrutura da Odebrecht no Rio, afirmou em delação que pagamentos de caixa 2 feitos ao governador do Estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB), na campanha de 2014 foram para manter o "acesso privilegiado" que a empreiteira já tinha ao governo do antecessor, Sérgio Cabral (PMDB), preso em Curitiba pela Operação Lava Jato.

Os pagamentos da empreiteira, segundo ele, resultaram em um Pezão "muito acessível" para ajudar na liberação de recursos à empresa por obras no Rio. "Pezão, por diversas vezes, interveio pessoalmente para resolver questões que atendiam ao interesse da companhia. Posso dizer que isso aconteceu principalmente na obra do metrô, a principal do governo", relatou o ex-executivo.

Cada novo aspecto das delações da Odebrecht que vem a tona mostram a vitalidade da definição de Karl Marx e Friedrich Engels no Manifesto Comunista, que o Estado não passa de "um balcão de negócios" da classe burguesa.

Detalhes sobre a delação foram revelados pela coluna Radar, da revista Veja, no sábado, e confirmados pelo jornal O Estado de S. Paulo, que teve acesso ao teor de alguns dos anexos negociados pelo colaborador com o Ministério Público Federal. Conforme a revista, a empresa desembolsou R$ 23,6 milhões e 800 mil euros à campanha de Pezão. Os valores foram pagos à agência [vejamos a ironia do nome] Prole, que cuidava de publicidade eleitoral, em espécie e também numa conta no exterior.

"Pezão, como governador, me recebia a qualquer hora, tendo inclusive me recebido algumas vezes em sua residência, no Leblon, para tratar de assuntos que diziam respeito ao dia a dia das obras, especialmente, buscando a sua interferência nos atrasos de pagamento", afirmou o ex-executivo.

Com Informações de agências




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