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TRANSFEMINIÍCIO | Dandara é o primeiro entre 115 transfeminicídios a ser julgado no país esse ano

quarta-feira 6 de setembro de 2017 | Edição do dia

Após seis meses do assassinato de Dandara, no dia 5 deste mês, foi realizado a audiência do caso. Cinco das oito pessoas envolvidas foram ouvidas, o processo dos outros três foragidos foi suspenso.

A justiça deu um prazo de cinco dias para a defesa e a acusação se manifestarem para as alegações finais. Os acusados foram denunciados por homicídio quadruplamente qualificado, ainda que não deixe de ser somente um primeiro caso de assassinato de mulheres trans a ser julgado este ano.

O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Só este ano estima-se que 115 foram mortas. Mas sabemos que o número é muito maior, já que não há dados oficiais e os registros são feitos por ONG’s, de modo que muitos casos são registrados como homicídios comuns, ou se quer ficamos sabendo.

O Estado é conivente com a violência porque não leva até o final a defesa dos LGBT’s, nega a existência dessas pessoas, exclui e marginaliza. A expectativa de vida de uma mulher trans no Brasil chega a ser menor do que 35 anos, segundo dados da ONU, e a esmagadora maioria está na prostituição por falta de oportunidades, quando muito escondidas atrás das cabines do telemarketing.

A LGBTfobia não é considerada crime no país, enquanto políticos, como vereadores de Campinas, no interior de São Paulo, querem proibir o debate de gênero e sexualidade em sala de aula, silenciando os professores com o projeto Escola sem Partido. Em memória a Dandara, repudiamos todo tipo de silenciamento nas escolas em especial sobre esses temas.




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