Nesta sexta-feira, o perfil do Twitter de Eduardo Cunha compartilhou vídeo no qual sua filha, Danielle Cunha, do MDB, chama voto em Bolsonaro.
sexta-feira 5 de outubro de 2018 | Edição do dia
Imagem: Carta Campinas
Tendo nesta semana seu interrogatório adiado por Moro, mais um agente do golpe institucional, Eduardo Cunha, manifesta agora seu apoio a Bolsonaro. Junto à arbitrária Lava Jato, preso e condenado a 15 anos de prisão, o político do MDB e sua filha, Danielle Cunha, candidata a deputada federal, veem nessas eleições uma oportunidade de aprofundarem os ataques já implementados por seu colega de partido, Temer, contras os trabalhadores, as mulheres e o conjunto da população.
A decisão de Sérgio Moro, comandante da Lava Jato, pelo adiamento do inquérito, argumentando que poderia interferir na candidatura de sua filha, na mesma semana em que escolhe quebrar o sigilo das delações (já descartadas) de Palocci, demonstra mais uma vez o caráter manipulado dessas eleições pelo Judiciário. O golpismo, que retirou o direito do povo decidir em quem votar, com a prisão de Lula e o veto de sua candidatura, fortalece a extrema direita de Bolsonaro. Assim como a filha de Cunha, a esposa de Moro nesta semana manifestou apoio a essa figura que quer escravizar os trabalhadores e destila ódio contra as mulheres e o conjunto da população. Veja abaixo a postagem:
DANIELLE CUNHA DECLARA APOIO À @jairbolsonaro
Temos que ter discernimento para que, depois de tanta luta da nossa nação, o PT se mantenha fora do poder, por isso, declaro meu apoio à Jair Bolsonaro. Danielle Cunha#EquipeCunha pic.twitter.com/6obqCVuskd— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha) 5 de outubro de 2018
Autor do PL que previa a proibição da pílula do dia seguinte, não é surpresa que Cunha, mesmo tendo sido base durantes anos dos governos petistas, escancarando a conciliação do PT com setores reacionários, agora apoie aqueles que podem dar continuidade a seu “legado” contra as mulheres.
É também uma comprovação de que o discurso “anti-corrupção” dessa direita e de Bolsonaro são falaciosos, sendo Cunha condenado por corrupção, desvio de verbas e lavagem de dinheiro.