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POPULAÇÃO CARCERÁRIA | Crivella pretende escravizar a população carcerária para fazer uniformes no Rio

O prefeito do Rio de Janeiro afirmou nesta terça-feira (15) que conta com um orçamento de R$ 10 milhões de reais que serão pagos pela confecção de dois milhões de uniformes escolares, e o projeto prevê a capacitação e o emprego dos presos da cidade para costurá-los.

quarta-feira 16 de agosto de 2017 | Edição do dia

O anúncio foi feito durante a reunião do GGIM (Gabinete de Gestão Integrada Municipal), que discutia a ressocialização dos detentos, e os presídios Talavera Bruce, Esmeraldino Bandeira e Nelson Hungria já estão preparados para dar início aos trabalhos.

O que salta aos olhos é a estimativa orçamentária já colocada pelo prefeito e aprovada por Jaime Melo, diretor da Fundação Santa Cabrini, órgão estadual responsável pela reinserção da população carcerária na sociedade: R$ 10 milhões de reais. A relação entre esta quantia e o número de camisetas previsto pelo projeto denuncia um valor correspondente de R$ 5 por camiseta que não inclui os gastos com materiais.

Como se não bastasse, Crivella não deu detalhes se nesse valor está a totalidade do convênio ou se inclui a remuneração dos presos que, certamente, vão trabalhar em condições ainda mais precárias que a de um trabalhador comum no país correndo o risco de receber um salário de miséria por jornadas muito injustas de trabalho. Uma proposta baseada num discurso demagógico de "ressocialização" e que, na prática, serve de máscara para obrigar os detentos a produzirem em um regime semi-escravista.




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