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Crivella, aliado dos empresários dos transportes, teria recebido R$ 450 mil segundo delator

Delator do esquema de propinas da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) afirmou ao MPF que teria pago a Crivella cerca de R$ 450mil em propinas entre 2010 e 2012.

quinta-feira 23 de novembro de 2017 | Edição do dia

A delação do esquema de propinas da Fetranspor, que já apontou como beneficiários de propinas das empresas de transporte os políticos do PMDB/RJ como Picciani e Pezão (que teria recebido R$ 4,8 milhões), agora aponta Crivella como beneficiário da propina, que teria sido recebida por Mauro Macedo, primo do bispo Edir Macedo e tesoureiro de antigas campanhas eleitorais de Marcelo Crivella.

A prefeitura e o governo do estado do RJ demonstram com isso como estão subordinadas aos interesses mafiosos dos empresários de transporte, cujo exemplo mais emblemático é o da família Barata, que tem costas quentes até no STF, na figura de Gilmar Mendes.

O custo desse esquema de corrupção envolvendo um serviço essencial como o transporte público quem paga é a população, que perde horas de cada dia de trabalho e estudo enlatados em ônibus que não chegam em quantidade e em qualidade suficiente a todo o território da cidade e da baixada fluminense

Veja também: Usuários com bilhete único cortado sentem na pele a submissão de Crivella às empresas de ônibus

Como diz Carolina Cacau (do MRT e candidata a vereadora pelo PSOL em 2016) : “O atual escândalo da “Cadeia Velha” é só mais uma prova de que são os Barata, os Batista (de Eike e cia) e uma meia dúzia de famílias de empresários que compram os políticos, por vias consideradas legais ou ilegais, e colocam os recursos do Estado a seu serviço. E não se trata de uma particularidade do Rio ou do PMDB carioca. Os recentes escândalos de corrupção da JBS e da Odebrecht mostraram como os políticos de todo o país eram comprados por eles. Se quisermos ir além, sequer se trata de um problema nacional, e muito menos recente. Desde 1848, Marx dizia que o Estado capitalista era o “balcão de negócios” da burguesia, seu “comitê executivo”. Ele não é nem “neutro” nem “justo”, tem um caráter de classe burguês. A corrupção também é uma característica estrutural do Estado capitalista em todos os países do mundo, em todos os momentos da história.”




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