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CRISE - RJ | Crise do estado fecha restaurantes populares no Rio

Cinco restaurantes populares do Rio fecharam as portas no dia de hoje. Cerca de 12 mil refeições diárias deixarão de ser servidas após a suspensão dos contratos por parte do governo e de meses sem pagar às empresas prestadoras do serviço. Mais restaurantes ameaçam fechar caso a situação não seja regularizada.

segunda-feira 18 de julho de 2016 | Edição do dia

Nesta segunda de manhã, cinco restaurantes populares do Rio não abriram suas portas, deixando de servir cerca de 12 mil refeições somando ao todo as unidades da Central do Brasil, Méier, Cidade de Deus, Itaboraí e Bangu. Ao todo no Rio são 16 os restaurantes populares que servem a refeição ao preço de 2 reais (originalmente custava 1 real a refeição), atendendo a população pobre e também muitos trabalhadores informais que não recebem vale-alimentação ou trabalhadores precarizados que recebem um valor ínfimo de VA, insuficiente para se alimentar nos caros restaurantes do Rio.

Os outros 11 restaurantes também deverão fechar, segundo o diretor da Associação das Empresas Prestadoras de Serviço, José Alencar. As empresas estão há 14 meses sem receber repasses do governo, e segundo a Secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, a dívida do estado na área é de 31,5 milhões.

A Secretaria da Fazenda se pronunciou sobre fechamento dos restaurantes com a nota que publicamos abaixo:

“Os pagamentos serão realizados o mais rapidamente possível, dependendo da disponibilidade de recursos em caixa. Devido à grave crise financeira, a prioridade é o pagamento dos salários dos servidores ativos, inativos e pensionistas e despesas obrigatórias”.

Ao não sinalizar nenhuma data efetiva de pagamento, o governo do estado lava as mãos para a população mais pobre que precisa deste serviço para sobreviver, já que a eminência é que o resto das empresas cessem de prestar o serviço. O povo mais pobre e os trabalhadores informais que usavam este serviço pagam a conta da crise junto aos servidores, aos professores que tiveram 17 dias descontados. A quebra financeira do estado do RJ foi criada em um governo das isenções bilionárias, 185 bilhões de impostos de 2006 a 2015 que foram deixados de arrecadar das empresas privadas.

Como todo este dinheiro, daria não só para manter, quanto para multiplicar os restaurantes populares em todo o estado do RJ, restaurantes que deveriam ser geridos pelo estado ao invés de empresas privadas. Mas a farra com os empréstimos que endividaram o estado do RJ que bate recorde acumulado na Dívida Pública, ao contrário, foi usado para construir obras que são verdadeiros elefantes brancos, reformas em estádios que estavam em perfeitas condições, e obras que se esmigalham assim que são inauguradas, favorecendo os amigos empreiteiros de Cabral à Dornelles, passando por Pezão.




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