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EMPREGOS | Criação de empregos no ano de 2014 é a pior em 15 anos

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) relatou nesta quarta-feira, 9, que o ano de 2014 foi um dos piores para a criação de novos postos de trabalho, com menor número de vagas desde 1999.

quinta-feira 10 de setembro de 2015 | 03:08

Nesta quarta-feira, 9, em apresentação da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou que a indústria foi o setor com o pior desempenho na geração de empregos formais em 2014. No ano passado, o setor fechou 121,7 mil postos de trabalho. A construção civil também apresentou uma queda significativa de 76,9 mil de vagas.

De acordo com o MTE, houve queda em 11 das 12 áreas que integram a indústria de transformação. O único ramo com desempenho positivo foi o da indústria de produtos alimentícios, com crescimento de 2,2%, setor com condições de trabalho das mais precárias.

O levantamento mostra, em contraste, que cinco dos oito setores da economia apresentaram saldo positivo de empregos no ano passado. O destaque ficou com o setor de serviços, que criou 587 mil vagas (+3,51%), seguido do comércio, que abriu 217 mil novos postos (+2,28%). Sabemos a qualidade de grande parte desses empregos, muitos deles rotativos, senão terceirizados. O nível de emprego feminino cresceu 1,86% a mais que o masculino, justamente por serem mulheres as empregadas nesses tipos de posto de trabalho mais precarizado.

Ao todo, foram criados apenas 623 mil empregos formais, pior número desde 1999, 58% menor do que os empregos criados no ano anterior, quando foram criados 1,49 milhão de postos de trabalho.

Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) para este ano, já foram fechados 494.386 postos com carteira assinada só nesses sete primeiros meses, gerando pela primeira vez desde 2002 um saldo negativo na criação de empregos no país.

Regiões

Na separação regional, o Nordeste apresentou o melhor resultado, com a abertura de 206 mil vagas em 2014. O Sudeste ficou na segunda posição, tendo criado 169 mil empregos, seguido da região Sul, com 135 mil vagas. O Norte teve saldo positivo de 58 mil empregos e o Centro-Oeste gerou 54 mil vagas.

Os Estados que mais criaram empregos em 2014 foram São Paulo (87 mil), Santa Catarina (63 mil), Bahia (57 mil) e Ceará (56 mil). A única unidade federativa que fechou vagas no ano passado foi o Amazonas, com menos 1,5 mil postos formais.

Com relação à remuneração dos trabalhadores de cada Estado, o Distrito Federal aparece na liderança dos maiores salários do País, com média de R$ 4.384,44 em dezembro do ano passado. O segundo lugar ficou com Rio de Janeiro, que apresentou remuneração média de R$ 2.901,73, seguido do Amapá (R$ 2.856,38) e de São Paulo (R$ 2.740,42). A pior remuneração do País foi recebida pelos trabalhadores do Ceará, que tiveram rendimento médio mensal de R$ 1.779,11.

Vê-se que, com exceção do Distrito Federal, a remuneração média dos empregos do país se coloca abaixo até mesmo do valor mínimo estipulado pelo DIEESE de R$3079,31 para aquele ano.




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