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CRISE POLÍTICA | Crescem sinais de saída de Levy do governo

Levy falou em reunião nesta quinta, que não estará no próximo encontro da Comissão Monetária de Valores, prevista para 21 de janeiro.

sexta-feira 18 de dezembro de 2015 | 00:00

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, encerrou nesta quinta-feira, 17, à tarde sua participação na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) sugerindo que pode sair do governo. Segundo fonte ouvida pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Levy falou aos participantes da reunião que não estará no próximo encontro do colegiado, previsto para 21 de janeiro. O CMN se reúne habitualmente na última quinta-feira de cada mês. "Foi uma declaração singela", relatou a fonte.

Depois da mudança da meta fiscal para 2016, que o governo havia fixado em 0,7% do PIB, aumentaram os rumores de que estaria próxima a saída de Levy do governo. A interlocutores da Comissão Mista de Orçamento, o ministro havia condicionado sua permanência na equipe de Dilma Rousseff à manutenção da meta. "Se zerarem a meta, estou fora", disse o ministro.

O governo não zerou a meta. À última hora, enviou ao Congresso uma mensagem reduzindo para 0,5% do PIB, mas sem os abatimentos aos programas sociais – dentre eles o Bolsa Família, como queria Levy. Na tarde desta quinta-feira com a aprovação pelo Senado do Orçamento de 2016 - veja mais aqui -, que já inclui arrecadação 10 bilhões de reais da volta do imposto da CPMF; reduz a meta fiscal para 0,5% do PIB e por ora, não aprova abatimentos, comprova derrota de Levy.

Reforçando ainda os rumores quase consolidados, da saída de Levy do governo, parte da equipe técnica da Fazenda está sendo desarticulada. O secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, já disse que só permanece no cargo até janeiro. Além disso, a sinalização tímida de Levy de que deixará o governo, reforça a posição de Lula, que possui rusgas abertas com Levy e que já teria sinalizado, inclusive, nos últimos meses, uma “preferência” em substituir Levy pelo também banqueiro e neoliberal Henrique Meirelles.

Vale lembrar que Levy era bem visto por banqueiros e empresários locais e internacionais, porém o ministro já estava apresentado sinais de desgaste com o governo Dilma, pelas movimentações de Lula e ainda, pelo ritmo considerado “lento” dos ajustes pelos “investidores” a serviço dos interesses imperialistas.

Seja com ou sem Levy, a agenda dos ajustes neoliberais contra os trabalhadores segue como uma das prioridades do governo.

Esquerda Diário com informações da Agência Estado.




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