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BANCO DO BRASIL | Crescem os protestos contra a reestruturação no Banco do Brasil

A reestruturação do banco, que se apoiará no fechamento de cerca de 14% das agências em todo o país, rebaixamento de outras 379 à condição de pontos de atendimento corte de cerca de 10 mil postos de trabalho por meio de planos de incentivo à aposentadoria, está encontrando diversos focos de resistência entre os bancários e a população usuária dos serviços bancários.

segunda-feira 5 de dezembro de 2016 | Edição do dia

Desde que foi anunciada em comunicado aos acionistas, a reestruturação do Banco do Brasil, que serve para alavancar os lucros em cima de cortes e ataques aos trabalhadores, tem encontrado diversos focos de resistência apesar ainda do imobilismo das direções sindicais, controladas majoritariamente por CUT e CTB.

No dia da conhecida Black Friday, dia 25/11, muitos funcionários em diversas agências e departamentos do país se organizaram para se vestirem de preto em protesto contra a reestruturação. Por mais que tenha sido uma medida simbólica, o fato de em diversos locais, os próprios funcionários se organizarem para se manifestar, chegando inclusive a tirar fotos dentro e fora das agências, com cartazes expressando a sua insatisfação, foi uma demonstração importante da disposição que existe entre os bancários para lutar contra a reestruturação.

Em São Paulo, na última terça-feira, dia 29/11, após ser acionado por trabalhadores de uma área que o banco quer transferir para Curitiba, a direção cutista do sindicato se viu obrigada a organizar, em alguma medida, uma resposta aos ataques do banco, promovendo uma ação de trancaço numa das principais concentrações do Banco do Brasil no centro da cidade.

Mesmo tendo sido uma ação de última hora e mais uma vez por fora da construção entre os bancários, contou com o apoio dos trabalhadores das concentrações do BB no centro, onde muitos, mesmo sem serem alvos diretos desta fase da reestruturação, mostraram disposição para resistir. O que se mostrou durante a assembleia promovida pelo sindicato nas ruas do centro, que contou com a participação de centenas de bancários e a aprovação da paralisação das atividades ao longo de todo aquele dia.

No Paraná, na última sexta-feira, também acompanhamos a mobilização da população contra o fechamento da única agência da cidade de Janiópolis.

Apesar da disposição que vem se mostrando e crescendo entre os bancários, a postura das direções sindicais burocráticas segue a mesma, buscando manter a mobilização sob o seu controle para garantir apenas melhores condições aos trabalhadores afetados pela reestruturação e não, de fato, construir as ferramentas para derrubá-la. Essas amarras denunciam a conivência dessas direções sindicais de CUT e CTB não só com as direções dos bancos, como também com o governo golpista de Temer. Por isso, deixar a luta nas mãos deles é algo que não podemos permitir

Para que os bancários possam ter nas mãos uma resposta à altura dos ataques dos bancos, é necessário abrir com a força da mobilização os espaços e a estrutura dos sindicatos para construir uma luta profunda contra esses ataques. As direções sequer chamam assembleias para organizar a luta, mas é por elas que devemos começar.

Chamamos a todos os bancários, principalmente dos bancos públicos, CAIXA e BB, que se somem na exigência às direções sindicais de todo o país para convocar assembleias que possam ser um primeiro instrumento para organizar a luta contra os ataques que prometem precarizar ainda mais a vida dos bancários e dos usuários das agências.




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