quarta-feira 5 de fevereiro de 2020 | Edição do dia
Um policial militar agrediu uma mulher grávida durante uma ocorrência nesta terça-feira, 4, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Uma gravação mostra o momento em que o agente se posiciona com o joelho sobre a barriga da mulher e dá um tapa forte no rosto dela. Em outro momento, o homem segura o pescoço da mulher, sufocando a vítima. Pessoas que acompanhavam a abordagem alertam o policial sobre a condição da mulher, mas ele não interrompe a imobilização.
"Ela está grávida, moço. Libera ela. Para de pisar na barriga dela", diz uma pessoa que acompanha a abordagem. O vídeo mostra ainda o agente segurando o pescoço da mulher. "Você está enforcando ela, ela tá ficando sem ar", continua outra mulher que reclama da truculência.
A absurda abordagem, com agressões mesmo a uma mulher grávida, está longe de ser um fato extraordinário. Os abusos policias são fatos corriqueiros, que passam naturalizados pela corporação e pelos políticos que a comandam, como no caso atual do governador João Doria. Que mesmo tendo recomendado o imediato afastamento do policial militar flagrado, buscou culpabilizar a vítima por estar resistindo a prisão por tráfico de drogas, além de afirmar cinicamente que a polícia militar de SP é a melhor do Brasil, mesmo com todo seu histórico de violência e com recordes de letalidade policial.
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