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PARALISAÇÃO MINERAÇÃO CHILE | Cortes e barricadas dos trabalhadores contratistas e subcontratistas terceirizados da mineração

Começaram há algumas semanas as negociações pelo Acordo Marco. Tanto a Codelco como as empresas contratistas e subcontratistas terceirizadas se negam a dialogar com os trabalhadores. Declarou-se a paralisação, com cortes e barricadas.

quinta-feira 23 de julho de 2015 | 01:30

Já a partir das 5 da manhã, reúnem-se os trabalhadores parte da Confederação de Trabalhadores do Cobre (CTC) nos pontos chave do país, para realizar cortes e barricadas em meio às negociações pelo Acordo Marco. Tanto a Codelco como as contratistasterceirizadas rechaçaram a simples ação de dialogar diretamente com os trabalhadores, e por isso começaram as mobilizações.

No dia 6 de Julho, a CTC apresentou o “documento de renovação, melhoramento e ampliação do Acordo Marco 2015”. A Codelco como mandante, que já tinha negociado nos anos 2009, 2011 e 2013, se negou desta vez a formar parte do processo de negociação, alegando que são as empresas contratistasterceirizadas as que devem negociar.

Os trabalhadores se declararam imediatamente em “estado de alerta”, e durante esta madrugada, iniciam-se as mobilizações de uma paralisação que exige o cumprimento do Acordo Marco.

17h30. Em Calama, as Forças Especiais reprimiram os trabalhadores de Chiquicamata que realizavam um bloqueio de rua, detendo sete pessoas. Durante a jornada, receberam a solidariedade da comunidade e de outros trabalhadores, que durante o dia levaram bebidas e almoços aos manifestantes.

17h00. Os trabalhadores de empresas contratistas e subcontratistasterceirizadas, entre eles o sindicato de SCM e Siteco, buscam impedir o aumento dos ônibus para El Teniente. Intervém a polícia e leva presos dois trabalhadores, entre eles Jorge Peña.

16h00. O dirigente Patricio Tello, Presidente da Fetraccal, diz que se mantém tomada a pista para Chiquicamata, e que se suspenderá a paralisação somente quando a Codelco manifestar sua intenção de montar uma mesa pelo Acordo Marco. Além disso, diz que à divisão Gabriela Mistral ninguém subiu, nem os trabalhadores da fábrica nem os contratistasterceirizados. Seriam, no total, 5.000 trabalhadores na II Região sem turnos entre as 8 e 10 da manhã.

13h00. Nos marcos da paralisação dos trabalhadores subcontratadosterceirizados da Codelco, carabineros [polícia nacional chilena – nota do tradutor] provocam os trabalhadores do Hospital do Cobre "Fusat" abrindo a entrada que tinham tapada. Também os caminhoneiros de ácido sulfúrico se somam à paralisação, bloqueando a rota de Calama até Chuquicamata, cruzando os caminhões “Train” para bloquear as entradas.

12h30. Realiza-se uma marcha de trabalhadores desde o local do corte de rua até a sede da Central Unitária de Trabalhadores (CUT) de El Loa, na cidade de Calama.

11h00. Em Copiapó são nove as divisões de El Salvador que encontram-se totalmente paralisadas. Em Calama continuam os acessos bloqueados às minas. Também na Codelco Andina, em Saladillo, aproximadamente 1.500 trabalhadores estão mobilizados. O dirigente Patricio Rocco disse que na mesa de negociação tem que estar “a Codelco como mandante, que não haja represálias e que tenha prazos limitados e soluções concretas”.

07h00. Realiza-se o corte do caminho do cobre até a Mina El Teniente.

05h00. Realiza-se um corte a caminho de Chuquicamata.

05h00. Acontecem cortes até a Divisão El Salvador (Diego de Almagro).

05h00. Bloqueia-se o acesso a Radomiro Tomic.

Correspondentes no local:
Javiera Márquez
Claudia Violencia
Octavia Hernández
Edward Gallardo




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