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CORONAVIRUS | Correios tem quase 100 mil funcionários e não toma medidas preventivas contra o Covid19

Uma das maiores estatais do país segue expondo funcionários ao contato com público, não fornece materiais e não oferece alternativas para mães ou idosos.

segunda-feira 16 de março de 2020 | Edição do dia

A Empresa Brasileira de Correios (ECT), atualmente presidida pelo General Floriano Peixoto, conta com um quadro de quase 100 mil funcionários, e não apresentou até o momento nenhum plano de emergência para evitar o contágio e disseminação.

Até o momento, a empresa se ateve a divulgar as medidas de higiene, orientando funcionários a lavar as mãos e higienizar bancadas de trabalho. No entanto, não ofereceu materiais como álcool em gel, máscaras ou luvas, nem para os funcionários e nem para a população que frequenta as unidades dos Correios.

Além disso, não foi oferecida dispensa ou nenhuma alternativa para as mães cujos filhos estão sem escolas ou creches. Como os avós constituem grupo de riscos, e as mães e pais trabalham, muitas mães estão desesperadas sem saber o que fazer. Algumas mães chegam a pensar em levar os filhos ao trabalho, onde estarão expostos ao contato com os clientes e trabalhadores, sem estrutura adequada, e ainda correndo riscos de sofrer assaltos, por exemplo.

A FENTECT, federação que representa a maioria dos sindicatos de trabalhadores dos Correios questionou qual o plano de emergência da empresa, e a resposta foi a replicação de um comunicado interno onde a empresa esclarecia que não a risco de contágio no manuseio de encomendas e repetia as orientações quanto a higienização das mãos e bancadas de trabalho.

Por outro lado, o general Floriano Peixoto tratou de dar entrevistas onde afirma que a expectativa é que o trabalho aumente nos próximos dias, devido ao confinamento da população, que deve incrementar as vendas online. Ou seja, sua única preocupação segue sendo com os lucros e com o atendimento dos grandes portais de vendas online, responsáveis por grande parte do fluxo de encomendas atualmente. Uma postura escandalosa e irresponsável!

É necessário fornecer álcool em gel, luvas e máscaras, dispensar as mães cujos filhos estejam sem aulas e os funcionários com mais de 60 anos, e por consequência suspender todos os serviços não urgentes, para não sobrecarregar os trabalhadores que seguirem trabalhando, cujo foco deveria ser a logística de transporte de medicamentos, equipamentos de saúde e material de testes, colocando a estrutura dos Correios a serviço das reais necessidades da população neste momento.




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