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DEMISSÕES NOS CORREIOS | Correios quer demitir 5 mil e fechar 200 agências com PDV

Novo presidente dos Correios revela sua missão: demitir 5 mil e fechar 200 agências.

quarta-feira 15 de fevereiro de 2017 | Edição do dia

Segundo o presidente dos Correios, 3 mil funcionários já aderiram ao PDV e estima-se que esse número chegará aos 5 mil. Além disso planeja-se fechar 200 agências. Com a desculpa de crise financeira, proclamada a maior na história da empresa ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), além do PDV e do fechamento de 200 agências, várias medidas de redução de custos e reestruturações na folha de pagamento são planejadas para esse ano.

A empresa acumulou uma dívida de 4 bilhões os últimos dois anos. "Estamos trabalhando para reverter esse quadro. O objetivo é colocar a empresa no azul esse ano.", disse ao G1 o presidente da estatal, Guilherme Campos.

Além do PDV a empresa também abriu em janeiro o PDI (Plano de Desligamento Incentivado para aposentados), que tem como público alvo empregados com mais de 55 anos. Inicialmente a expectativa era de 6 a 8 mil adesões, mas a meta foi reduzida para 5 mil. Mesmo com menor adesão a empresa se apóia em outras medidas para cortar gastos.

O fechamento de cerca de 200 agências faz parte de plano de redução e ocorrerá principalmente nos grandes centros urbanos, como reflexo também do plano de demissões.

Os Correios seguem a linha de corte de outras estatais como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. Essas medidas em estatais é uma estratégia do governo para não intervir financeiramente nessas empresas. Estima-se que nos últimos dois anos mais de 37 mil funcionários aderiram aos PDV’s nas estatais.

A estratégia das estatais aliadas ao governo nos mostra claramente em quem os capitalistas querem depositar sua crise. A cada dia a classe trabalhadora vem sendo atacada e agora em que vivemos dentro de um cenário de golpe esses ataques só tem piorado. Os PDV’s colocam o trabalhador em cima de uma corda bamba, e muitos acabam aderindo com medo de perder seus direitos. O fato das estatais adotarem uma conduta de empresas privadas, também nos prova qual o tipo de política articulada pelo governo golpista, que sempre visa o lucro das empresas e nunca pensa no trabalhador. Que os capitalistas paguem pela crise.

Leia também: Presidente dos Correios culpa trabalhadores pela situação da empresa




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