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CORONAVÍRUS | Coronavírus avança na África e supera 1.000 casos confirmados

Com 40 países afetados, a recente chegada do vírus ao continente africano deve ser preocupação internacional.

domingo 22 de março de 2020 | Edição do dia

Nesse sábado, 21, a epidemia de Coronavírus na Africa ultrapassaram mil confirmados. São 40 países afetados, sendo Egito e África do Sul os mais afetados, com 285 e 240 casos, respectivamente. Em seguida, estão Argélia (95) e Marrocos (86).

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A maioria dos países afetados (40 de 54 nações do continente africano) apresenta contaminação em fase inicial, quando os casos registrados são em pessoas que viajaram ao exterior. Nos países com mais casos, porém, as transmissões locais se aceleram, como ocorre na África do Sul: na última semana, o país passou de 24 a 240 casos.

Embora o vírus tenha baixa letalidade em boas condições de saúde, a pandemia expõe a precarização da vida mundo afora. Hoje grande parte da população africana não tem acesso à agua encanada ou produtos de higiene pessoal. Segundo relatório da ONU de 2017, 15% da população na África subsaariana e 76% da população no oeste da Ásia Ocidental e na África do Norte não tem instalações para lavar as mãos em casa, com água e sabão, uma das principais medidas básica de prevenção contra o vírus.

Segundo pesquisa de 2019 da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 257 milhões de pessoas passam fome na África, aproximadamente 20% da população do continente. Desse número, 237 milhões estão na África Subsaariana. Na comparação com 2015, houve um aumento de 34,5 milhões na população de indivíduos desnutridos na África. Essa deve ser mais uma preocupação em relação à propagação do vírus no local, pois outra recomendação básica de prevenção para que o vírus não afete draticamente a população causando mais mortes é cuidar da imunidade, que rigorosamente exige uma boa alimentação.

Isso, junto com os impactos da crise que todos os países do mundo sentem, incluindo os maiores predadores capitalistas, e que afeta diretamente os sistemas de saúde - considerando que muitos como os EUA essa não possuem saúde pública -devem causar grandes preocupações aos impactos que o coronavírus ainda pode vir a ter, para além da barbárie que já estamos vivendo. Todos estes serão fatores determinantes no desenvolvimento da doença, que poderá transformar anos de precarização e exploração na dizimação em massa da população de todo um continente.

Esse cenário coloca a necessidade urgente dos próprios trabalhadores darem sua saída para essa crise, tomando o controle da produção e visando produzir produtos básicos de combate e prevenção do coronavírus, como testes massivos, máscaras, álcool em gel, sabão e comida para todos, já que os países imperialistas nunca promoveram uma solução séria para salvar a vida das pessoas.

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