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METRÔ DE SP | Contraproposta ao Metrô: Cortar os supersalários! Subsídio estatal para manter os direitos

domingo 5 de julho de 2020 | Edição do dia

Metrô e Dória descontaram os salários de maio e junho dos Metroviários e querem atacar dezenas de direitos, inclusive o plano de saúde, enquanto 400 altos cargos da empresa recebem acima do teto definido pelo "salário" do governador de R$23 mil, e no total ganham o equivalente a mais de 4 mil trabalhadores, recebendo o piso de agente de estação (quase 50% do número de funcionários do Metrô).

A direção da empresa alega que os cortes são necessários pela queda de arrecadação na pandemia. É mentira, já estavam anunciados há anos, estão aproveitando a "oportunidade". Mas a questão é: o governo repassou aos empresários das linhas privadas 4 Amarela e 5 - Lilás mais de R$200 milhões só em 2019, e esse valor deve crescer agora, para compensar essa queda de arrecadação na pandemia. Mas não repassa nada para o metrô estatal! E um dos motivos para a direção do metrô defender isso é que, para receber subsídios, teria que respeitar esse teto salarial de R$ 23 mil. Assim, pensando em manter esses supersalários, eles falam que temos que perder nossos direitos. E dizem que nós é que temos "privilégios"! Agora, Metrô e justiça, querem que os metroviários apresentem uma "contraproposta", então que nossa contraproposta seja:

Corte de todos os supersalários!
E subsídio estatal para que não haja nenhum corte de direitos!

Essa é uma das propostas que nós da Chapa 4 - Nossa Classe, que integramos a diretoria do Sindicato dos Metroviários de SP, apresentamos aqui: 6 pontos para fortalecer a luta dos metroviários: Um debate com a diretoria do Sindicato.

Não podemos confiar na justiça para manutenção de nossos direitos, pois mesmo os metroviários cedendo e não pedindo aumento salarial nem reposição da inflação, o TRT já deixou claro que teremos que ceder mais, não obrigando o Metrô manter nosso acordo coletivo. Só com uma forte greve poderemos negociar em melhores condições e garantir nossos direitos. Por isso a organização de base e uma assembleia democrática para preparar a greve do dia 8 são fundamentais, onde todas as áreas debatam os problemas, elejam representantes para a formação de um comitê dos trabalhadores, que junto ao sindicato leve a luta e prepare uma assembleia em que todos possam falar e colocar propostas em votação.

Bolsonaro e Doria atuam para atacar nossas condições de vida e beneficiar os empresários, assim como PT e PCdoB, que aprovaram no congresso nacional junto com a direita a MP 936, que aprofunda a reforma trabalhista precarizando ainda mais o trabalho no país. Sem organização de base, não vamos conseguir superar essas barreiras, que se expressam inclusive em setores da diretoria do sindicato, subordinando nossa luta à justiça e à espera de que Bolsonaro sancione logo essa MP sem vetos, desgastando os metroviários que estão sob forte ataque da empresa.

Somos essenciais e são as nossas vidas que estão mais em risco durante a pandemia!
#EuApoioOsMetroviários




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