Gil do Vigor, economista e torcedor do Sport, havia sido convidado para conhecer a Ilha do Retiro pela primeira vez, onde fez um vídeo dançando. O áudio do membro do Conselho Deliberativo do clube é mais um triste caso de opressão no futebol, que afasta pessoas LGBTs dos estádios e do esporte.
sexta-feira 14 de maio de 2021 | Edição do dia
(Foto: Anderson Stevens/Sport)
No áudio divulgado, o conselheiro Flávio Koury faz diversas ofensas contra Gil, e reclama que "vão achar que no Sport só tem viado". Além disso, ele culpa o PT pela situação. Ele diz:
"1,2 milhões (sic) de pessoas achando que o Sport só tem viado, só tem bicha. Vai vender é camisa. A viadagem todinha vai comprar. Vai ser lindo! Se ele tivesse feito a dancinha na casa dele ou no bordel, eu não estava nem aí. Foi dentro da Ilha do Retiro, né rapaz? Isso é uma desmoralização! Isso é ausência de vergonha na cara. É isso que estamos vivendo. [..] Isso é o retrato do que o PT deixou pra gente."
Através do Twitter, Gil disse estar machucado e que é muita dor sofrer ataques homofóbicos.
Primeiro ataque homofóbico que me deparo após o BBB e posso garantir, ainda machuca MUITO! Mas sigo firme e providências serão tomadas. Tirando o dia off para não perder minha alegria por tudo que venho vivendo...... É muita dor!
— GIL DA VIGOR 🎓 (@gilnogueiraofc) May 14, 2021
É preciso repudiar a declaração de Flavio Koury, bem como toda manifestação de LGBTfobia e opressão e reafirmar que o futebol, um esporte que nasce na classe trabalhadora, não pode mais ser um espaço de exclusão de mulheres e de LGBTs.
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