Enquanto se aprovam privilégios bilionários para os partidos e parlamentares burgueses, como o Fundão Eleitoral de R$4,9 bilhões e mais R$16,5 bilhões destinados ao corrupto Orçamento Secreto, a classe trabalhadora sofre com um reajuste salarial sem aumento real em 2022, com o desemprego de mais de 14 milhões, inflação, fome, precarização e miséria. Vale lembrar que a divisão dos recursos se dá com base no número de parlamentares; ou seja, quem tem mais, recebe mais. Assim, serão os trabalhadores que continuarão pagando as campanhas milionárias e corruptas dos políticos capitalistas.
terça-feira 21 de dezembro de 2021 | Edição do dia
Imagem: Colagem/ Ana Helena Corradini
O deputado Hugo Leal (PSD-RJ), relator do Orçamento de 2022, fez uma nova alteração em seu texto, agora prevendo uma despesa de R$ 4,9 bilhões para o fundo eleitoral, usado para gastos de candidatos de partidos da ordem burgueses e corruptos. Líderes do Centrão concordaram em votar a peça orçamentária com essa verba nesta terça-feira (21), a Comissão Mista de Orçamento (CMO) e no plenário do Congresso.
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Assim, o recurso para o financiamento das campanhas políticas no ano que vem será 144% maior do que o valor destinado na eleição de 2020, de R$ 2 bilhões, sendo mais do que o dobro do gasto para irrigar as candidaturas. Segundo o jornal O Globo, nos bastidores, Caciques do Centrão dizem que, dessa forma, a peça orçamentária será aprovada.
Leal propôs inicialmente um valor de R$ 5,1 bilhões para o chamado "fundão", mas reduziu para R$ 4,7 bilhões após críticas, e de forma demagógica direcionou a diferença para a gastos ínfimos com educação. O corrupto Centrão não gostou da proposta, fazendo com que o relator apresentasse uma nova versão do parecer com R$ 4,9 bilhões para o fundo eleitoral.
Vale lembrar que a divisão dos recursos se dá com base no número de parlamentares; ou seja, quem tem mais, recebe mais. Assim, serão os trabalhadores que continuarão pagando as campanhas milionárias e corruptas dos políticos capitalistas. Isso desmente o falso discurso de que o Fundão Eleitoral "reforça a democracia", pois supostamente reforçaria os candidatos sem recursos a disputarem em pé de igualdade. Mas como vemos, isso é absolutamente falso.
Nesta sexta-feira (17), a Câmara dos Deputados, com votos de diversos partidos do centrão, como o PL do atual presidente, e até mesmo do PT, derrubou veto de Bolsonaro que tentava determinar o Fundão Eleitoral para R$4 bilhões, retornando para R$5,7 bilhões.
Em julho de 2021, Bolsonaro havia vetado a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) que determinava um aumento no Fundão Eleitoral para R$5,7 bilhões, determinando que o aumento seria apenas para R$4 bilhões, o que por si só já é um absurdo, visto que determina essa enorme quantidade de dinheiro para as eleições dos partidos burgueses enquanto a população passa fome. Com essa ação, Bolsonaro tentava sinalizar para sua base que continuava como alguém contra o “toma-lá-dá-cá” do Centrão e contra a corrupção, mas, ao mesmo tempo, procurava não perder a sua base no próprio Centrão. Uma hipocrisia.
Apesar de Bolsonaro ter vetado tal proposta, a derrubada de seu veto será benéfica a ele, visto que pretende se candidatar em 2022 pelo PL. Não à toa, esse partido votou a favor do novo Fundão e foi o 8° partido que mais recebeu financiamento público em 2018.
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Para os trabalhadores o reajuste salarial vai ser nulo, com o arroz, o feijão, da carne, o gás, os combustíveis etc. sempre mais caros, ao mesmo tempo que aumenta o desemprego, a miséria e a fome, com filas de osso e do lixo, enquanto que para os partidos amigos de Bolsonaro, os demais partidos burgueses (com o próprio PT votando a favor do Orçamento Secreto e do Fundão Eleitoral), representantes dos patrões, são privilégios e bilhões. Também vale colocar nessa conta o STF golpista, nada democrático, que votou à favor do corrupto Orçamento Secreto.
