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POLICIA ASSASSINA | Confirmado: foi o gatilho da PM que matou o sonho de Maria Eduarda

Segundo a perícia divulgada na tarde dessa quarta-feira, ao menos um, dos três tiros que assassinaram Maria Eduarda, partiu dos PMs presos na última sexta-feira.

quarta-feira 5 de abril de 2017 | Edição do dia

Segundo a perícia divulgada na tarde dessa quarta-feira, ao menos um, dos três tiros que assassinaram Maria Eduarda, estudante de 13 anos morta dentro da escola em Acari, partiu de um dos PMs que foram presos na sexta-feira (31). Os peritos já haviam concluído que a cápsula era de um fuzil 7.62, usado tanto por traficantes (fuzis AK.47) como pela PM (FAL, o fuzil automático leve).

Para identificar a autoria, a perícia confrontou um projétil retirado do corpo com o das armas apreendidas com os policiais militares e traficantes, que trocaram tiros naquela quinta-feira (30) ao lado da onde a jovem estudava. Segundo informações presentes no site G1, a conclusão foi de que o tiro saiu da arma de um dos policiais. A Divisão de Homicídios continua fazendo confrontos balísticos para concluir a investigação e divulgar oficialmente o laudo.

Ainda segundo a perícia, no corpo de Maria Eduarda havia cinco lesões – e não quatro, como foi divulgado anteriormente. Duas no lado direito do pescoço, perto da orelha (a causa da morte, segundo o laudo); duas nas nádegas, que podem ter sido causados por um único disparo; e outra na coxa esquerda.

O caso da jovem assassinada pelas mãos da polícia dentro da escola, gerou revolta em todo o país. A carta de seu professor emocionou milhares de pessoas e por grito de justiça segue ecoando não só entre amigos e familiares, mas por todos aqueles que lutam cotidianamente contra o assassinato da juventude negra e a violência policial.

O laudo da perícia só confirma aquilo que todos nós sabíamos, Maria Eduarda foi mais uma vítima dessa polícia racista, que a serviço dos interesses do estado capitalista segue matando a população negra. Conforme declarou Diana Assunção, militante do grupo de mulheres Pão e Rosas e colunista desse diário: “Não há como defender o indefensável, não há como defender a polícia. Não há! Abaixo a polícia racista e assassina! Por uma investigação independente de seu assassinato, formado por uma comissão da Escola Municipal Daniel Piza, pelo sindicato de professores, organismo da classe trabalhadora, entidades de direitos humanos e sob supervisão dos familiares! Maria Eduarda, PRESENTE! AS VIDAS NEGRAS IMPORTAM!




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