Há quase um mês do início da greve dos professores do Estado do Rio de Janeiro que ocorre ao mesmo tempo que a greve de professores, técnicos-administrativos e estudantes da UERJ e dezenas de mobilizações dos estudantes do ensino médio das escolas públicas e da FAETEC, a Conferência Nacional do MRT vota redobrar a solidariedade às lutas em curso no Rio para ajudar em sua vitória.
quarta-feira 30 de março de 2016 | Edição do dia
Foto por Hamilton Santos, retirado do Facebook
A luta dos professores do Rio tem como principal pauta para os grevistas a luta contra o adiamento e parcelamento de salários, antes recebiam seus salários no dia 01 agora estão receberam a partir do dia 14 e se prevê que no próximo mês ele ainda será parcelado em duas vezes. Isto ocorre devido à crise fiscal do Estado após bilionários incentivos a empresas e o religioso pagamento das dívidas com bancos internacionais e com o governo federal. A UERJ se mobiliza contra seu sucateamento, contra o não pagamento dos salários e inúmeros problemas enfrentados por diversos cortes que vem sofrendo. Os estudantes do ensino médio se mobilizam em apoio aos professores em greve e em defesa da educação.
Estas lutas enfrentam um duro desafio de se enfrentar com os ajustes aplicados pelo governo do PMDB que segue sendo apoiado pelo PT carioca mesmo que o PMDB tenha rompido com o governo federal. Ao mesmo tempo, que, criticam “seu” governo não movem sindicatos que dirigem nem muito menos exigem da CUT que se some à luta promovendo a batalha dos trabalhadores e estudantes do Rio em uma trincheira contra o impeachment da direita e os ajustes do governo do PT. Ajustes estes que não só são apoiados localmente pelo PT carioca como o próprio PMDB pode se apoiar no plano de Nelson Barbosa para executar maiores ataques ao funcionalismo carioca.
Por estes motivos da luta nacional contra o impeachment e ajustes e por ser a principal greve em curso em nosso país a Conferência do MRT votou redobrar sua solidariedade que já tem se expressado em campanhas de fotos e debates sobre esta greve em entidades estudantis, bem como em subsedes do sindicato de professores do estado de São Paulo.
O MRT e o Esquerda Diário tem feito cobertura destas lutas no Rio de Janeiro e militado para sua vitória propondo a unificação dos setores em luta e exigindo que os sindicatos dirigidos pela esquerda como o SEPE, ASDUERJ e outros exijam da burocracia sindical da CUT, CTB e do Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Estado que passem das palavras à ação e se somem à luta dos setores que já estão em greve. O potencial da luta dos estudantes do ensino médio do Rio que já ocupam duas escolas pode se desenvolver por isto temos divulgado sua luta e proposto que generalizem este método, se organizem por assembleias nas escolas, e possam fazer das diversas mobilizações que têm realizado uma continuidade da força que expressaram os secundaristas paulistas articulando uma luta pela educação pública, gratuita e para todos com a luta contra o impeachment e os ajustes tanto do PT como dos aliados do governo federal no Rio.
