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AMEAÇA DE DEMISSÕES | Compra do HSBC Brasil pelo Bradesco ameaça cerca de 20 mil empregos

sexta-feira 7 de agosto de 2015 | 00:00

No começo desta primeira semana de agosto, o Bradesco anunciou a compra por R$ 17,6 bilhões da operação brasileira do HSBC, banco de origem britânica voltado aos segmentos corporativos e de alta renda. Com esta aquisição, o Bradesco se aproxima de seu principal concorrente, o Banco Itaú, maior banco privado brasileiro, aumentando a concentração do sistema bancário em praticamente cinco bancos (Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa e Santander).

Como se já não bastasse o cenário de crise e demissões, onde, no último ano, só no setor bancário foram cortados mais de 8,3 mil postos de trabalho, uma notícia como esta da compra de um banco por outro cai como uma bomba para os mais de 20 mil trabalhadores do HSBC no país. Operações bilionárias como esta só escancaram que para os banqueiros não há crise, são os trabalhadores que estão pagando por ela.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo (CUT), principal da categoria no país, tem anunciado a sua preocupação com os empregos dos bancários e lançou como eixo da campanha salarial deste ano a defesa do emprego. No entanto, os bancários não podem achar que somente o sindicato vai conseguir empalmar esta luta, ainda mais quando se trata de um dos principais sindicatos da mesma CUT que tem defendido o PPE (Plano de Proteção ao Emprego), que é na realidade um plano de subsídios aos empresários às custas da redução de salário dos trabalhadores.

Para que a campanha salarial deste ano possa, de fato, responder à altura os ataques e as demissões que tem sido desferidos pelos maiores banqueiros e empresários do país, os bancários precisam romper as amarras que a burocracia sindical tem construído, e tomar desde seus locais de trabalho os rumos da campanha salarial e as reais reivindicações que afetam a vida dos trabalhadores e da população


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