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REJEIÇÃO DAS CONTAS | Como parte do jogo político, PT quer protelar análise das contas de Dilma

quinta-feira 8 de outubro de 2015 | 12:16

Foto: Dilma com Delcídio Amaral

Depois de ter tentado adiar a votação do TCU que rejeitou as contas de Dilma( através de um apelo ao STF para julgar a suspeição de juiz que havia adiantado seu voto, agora o governo Dilma e sua base no Senado buscam uma nova forma de protelar o julgamento no Congresso das contas que foram rejeitadas.

O líder do governo no Senado Federal, Delcídio Amaral (PT-MS), previu, na manhã desta quinta-feira, 8, que o Congresso Nacional só deve apreciar no ano que vem as contas da presidente Dilma Rousseff que foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com o senador, o relator das contas na Comissão Mista de Orçamento terá até 40 dias para apresentar o parecer preliminar. Depois os parlamentares da comissão terão mais 15 dias para apresentar as emendas ao relatório e mais 15 dias para votá-lo. "Só aí são 70 dias", disse o senador. Depois as contas da presidente terão que ser apreciadas pelo plenário do Congresso Nacional.

O líder do governo reconheceu que o momento é delicado, exigindo muita articulação política, diálogo e também humildade para reconhecer o erros. Delcídio Amaral reconheceu que é preocupante todos os ministros do TCU terem votado a favor da rejeição das contas da presidente - inclusive aqueles com perfil mais técnico O desafio agora, disse ele, é terminar a votações dos vetos da presidente e as medidas de ajuste fiscal.

Esta manobra do PT anunciada em voz alta pode não funcionar pois os pedidos de impeachment que estão protocolados com Eduardo Cunha tem como base justamente as “pedaladas fiscais” que o TCU rejeitou. A colocação em votação do impeachment pode acelerar os trâmites da Comissão de Orçamento.
Entre todos estes lances de TCU, TSE, comissões mistas e pareceres há muita fumaça e distintas tentativas por parte da oposição tucana e também do governo em jogar suspeição um sobre o outro. No entanto, a despeito do intricado jogo parlamentar e judiciário que se desenvolve dia-a-dia todos distintos partidos do regime atuam sob o marco de um acordo comum de implementar os ajustes e fazer os trabalhadores pagarem a conta da crise econômica.

Esquerda Diário / Agência Estado




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