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II CONGRESSO CSP-CONLUTAS | Como coordenar as greves da educação?

domingo 7 de junho de 2015 | 00:37

Nesse sábado, o tema das greves da educação foi um dos mais importantes do Congresso. Foram dezenas de mobilizações que ocorreram em nosso país, a luta dos professores do Paraná que se tornou um símbolo nacional e a histórica greve de professores de SP que segue em curso.

A CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação) e a CUT(Central Única dos Trabalhadores) são as grandes responsáveis pela falta de coordenação e unificação desses processos, pois sabia que a unidade nacional dos professores iria despertar uma força maior e um questionamento profundo a “pátria educadora” que atingiria o governo Dilma.

A contribuição do Movimento Nossa Classe nesse Congresso, assim como a intervenção de Danilo Magrão, professor da rede pública de Campinas/SP e integrante do Professores Pela Base, problematizou sobre quais lições esse processos deixam ao novo ativismo, aos setores de oposição e em particular, a CSP-Conlutas, como pode ser visto no vídeo abaixo.

Na avaliação de Danilo, a CSP-Conlutas poderia ter sido uma alternativa muito mais profunda se tivesse buscado dar exemplos reais que superasse a paralisia da CUT e apontasse para uma coordenação real, com um encontro nacional com representantes dos diversos setores em greve durante os processos, assim como encontros regionais para coordenar as lutas.

O outro ponto que Danilo questionou é como fortalecer o surgimento de milhares de novos ativistas, que hoje se enfrentam com a estrutura sindical cristalizada da Apeoesp. Era necessário a Oposição Alternativa apontar e defender a expressão das bases, dos milhares de grevistas, que hoje não encontram voz e nem instrumento para que sejam a direção da greve em curso. Isso só poderia ser possível com uma coordenação dos comandos de greves, com representantes eleitos e revogáveis, para superar a engessada estrutura da APEOESP que hoje é um freio para essa luta.

Rodrigo Tomazini do PSTU, pediu a supressão da proposta de resolução do Congresso que tratava desses temas, como pode ser visto no vídeo. Além dele, Eliane Nunes e João Zafalão, diretores da Apeoesp, também do PSTU, se abstiveram da votação para dar declaração contrária no que diz respeito ao debate sobre os comandos de greve. Silvio e Giba, diretores da APEOESP pela Conspiração Socialista, assim como Claudio, representante do Espaço Socialista e membro da subsede de Santo André, também se abstiveram da votação para se posicionar contrários nas declarações de voto.

Depois deles, a professora Cris, de Jau, também deu sua declaração de voto, falando da importância de se aprofundar o debate sobre o tema e das debilidades desse Congresso da CSP-Conlutas de se construir espaços democráticos para isso.

A proposta de resolução encontra-se aqui, assim como todo o debate sobre as greves de educação e o papel da esquerda, pode ser acompanhado na sessão especial EDUCAÇÃO do Esquerda Diário.

Danilo Magrão

Rodrigo Tomazini

João Zafalão




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