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FRAÇAO TROTSKYSTA | Começou a 10a. Conferência Internacional da Fração Trotskista

Nesta quarta, 10/08, começou em Buenos Aires a 10a. Conferência da Fração Trotskista, organização da qual faz parte o MRT, com participantes de 12 países entre América Latina, Europa e Estados Unidos.

quinta-feira 11 de agosto de 2016 | Edição do dia

Nesta Conferência estão presentes delegações do Movimento Revolucionário de Trabalhadores do Brasil(MRT), da Liga Obrera Revolucionaria da Bolívia (LOR-CI), da Liga de Trabajadores por el Socialismo da Venezuela (LTS), do Movimiento de los Trabajadores Socialistas do México (MTS), do Partido de Trabajadores Revolucionarios do Chile (PTR) e militantes da FT no Uruguai. Da Europa, participam companheiros e companheiras da Corriente Comunista Revolucionaria no NPA (Novo Partido Anticapitalista) da França, do grupo RIO (Revolutionären Internationalistischen Organisation) da Alemanha, do grupo Clase contra Clase do Estado Espanhol e militantes da FT na Inglaterra. Também participam da Conferência os companheiros que impulsionam o Left Voice nos Estados Unidos, para o público de idioma inglês. Todos parte da rede internacional Esquerda Diario.

Durante a manhã desta primeira jornada se desenvolveu uma discussão sobre as principais tendências da situação da economia internacional, aberta com o informe de Paula Bach, que é parte da direção do PTS da Argentina, e seguida pelo debate em que participaram os membros das distintas delegações.

O La Izquierda Diario da Argentina entrevistou a dirigente nacional do PTS para saber alguns dos principais elementos que se discutiram:

“Fizemos três definições em torno das quais se abriu a discussão. A primeira foi estabelecer quais foram as condições da crise econômica que se desenvolveu desde queda do Lehman Brothers. O que definimos de fundamental é que foram dois os elementos centrais: o crescimento da China e a política monetária dos EUA e os países centrais que possibilitaram evitar que a crise se transformasse em catástrofe, mas foram sérias as consequências uma vez que o crescimento foi muito fraco”.

“A segunda definição é que, a partir de aproximadamente 2014, essa relação entre EUA e China como base e colchão diante da crise se acabou, e abriu uma situação distinta da economia mundial sobre a qual está colocada a possibilidade de que a crise se aprofunde e que, inclusive, pode gerar uma recessão similar ou pior que a de 2008/2009; e neste segundo momento, nesta parte da crise que estamos atravessando, tendem a se unificar as condições de baixo crescimento nos países centrais e as condições de fim de ciclo do que se sucedeu, do que podemos chamar de periferia, durante o primeiro momento da crise.”

“Por último definimos que existe uma situação na qual as consequências da crise econômica mundial tiveram repercussões sérias: fundamentalmente, por ora, nas classes operárias dos países centrais, e que isso está na base de fenômenos à direita como o de Trump nos EUA ou o discurso que impulsionou o Brexit, ainda que também tenha elementos à esquerda, embora menos desenvolvidos. Uma das novas questões mais interessantes que colocamos para refletir e desenvolver é que esses tipos de fenômenos podem chegar a impor limites à capacidade das elites dirigentes, do establishment, ou como queira chamar, de administrar a crise, algo que estão buscando fazer nesses últimos anos desde a queda do Lehman Brothers”.




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