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ACAMPAMENTO DEBATE COMUNISMO | Começa o acampamento da Faísca e Pão e Rosas: 100 anos da Revolução Russa

Com cerca de duzentos jovens de vários estados, teve início o acampamento de inverno da Faísca e do Pão e Rosas sobre os cem anos da revolução russa e a atualidade de seus legados e do comunismo hoje. O primeiro debate, com exposição de Simone Ishibashi, foi sobre a revolução, seu processo, seu legado estratégico e teórico.

sexta-feira 28 de julho de 2017 | Edição do dia

Carolina Cacau, estudante da UERJ e militante do Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT), fez a fala de abertura do acampamento, saudando cerca de duzentos jovens em delegações de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul que se reuniram no acampamento de inverno para conhecer mais e se apropriar das lições desse processo histórico fundamental, a mais importante revolução até hoje.

Cacau relembrou como há pouco mais de um ano, em meio ao processo do golpe institucional que colocou Temer no governo para atacar ainda mais duramente os trabalhadores e os setores oprimidos de nossa sociedade, centenas de jovens se reuniram para fundar a Faísca, uma juventude anticapitalista e revolucionária para estar lado a lado dos trabalhadores em suas lutas, colocando-se a perspectiva de lutar pelo fim dessa sociedade de exploração e miséria em que vivemos, o capitalismo.

Em seguida, Simone Ishibashi, dirigente do Movimento Revolucionário de Trabalhadores e doutoranda em economia política internacional pela UFRJ, foi responsável pela exposição do tema aos presentes.Começando por fundamentar a importância do tema do acampamento, Simone disse que a revolução russa foi um apaixonante processo em que, pela primeira vez na história, a classe trabalhadora derrubou o governo e tomou o poder em todo um país, a continental Rússia dominada secularmente pelo tzarismo.

Ela afirmou como nossa luta contra a opressão, a exploração e a miséria impostas pelo capitalismo hoje não começa do zero: para além do legado teórico fundamental do marxismo, as experiências das lutas dos trabalhadores, sendo a revolução russa a mais importante e a que nos lega as maiores lições, sintetizadas fundamentalmente pelos seus maiores dirigentes, Lenin e Trotski.

Por meio de uma análise marxista, Simone explicou como se dão em seus aspectos gerais os processos revolucionários, a economia capitalista, o choque entre as classes fundamentais desse sistema social – a burguesia e os trabalhadores – , a insurreição e a tomada do poder em um processo de revolução, e a forma concreta e a dinâmica que essa dinâmica geral teve concretamente no processo russo, desde suas bases que prepararam a classe trabalhadora e o partido bolchevique, até os momentos decisivos que perpassam a evolução do processo que vai de fevereiro, com a queda do tzarismo, a outubro, quando os bolcheviques conduziram os sovietes ao poder no primeiro Estado operário da história da humanidade.

Nesse sábado, os debates prosseguirão com a sessão que tratará das mulheres na revolução russa, com exposição de Diana Assunção, dirigente do MRT e fundadora do grupo de mulheres Pão e Rosas no Brasil; e a sessão sobre a atualidade do comunismo, com Iuri Tonelo, dirigente do MRT e doutorando em economia pela Unicamp.




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