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RENAN PODE VIRAR RÉU | Começa no STF julgamento de recebimento de denúncia contra Renan Calheiros

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou na tarde desta quinta-feira, 1º, o julgamento do recebimento de denúncia contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Caso a Corte decida aceitar a denúncia, Renan se tornará réu perante o STF pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso.

quinta-feira 1º de dezembro de 2016 | Edição do dia

No caso, que tramita desde 2007, o peemedebista é acusado de receber propina da construtora Mendes Júnior para apresentar emendas que beneficiariam a empreiteira. Em troca, teve despesas pessoais da jornalista Mônica Veloso, com quem mantinha relacionamento extraconjugal, pagas pela empresa. Renan apresentou ao Conselho de Ética do Senado recibos de venda de gados em Alagoas para comprovar um ganho de R$ 1,9 milhão, mas os documentos são considerados notas frias pelos investigadores e, por causa disso, Renan foi denunciado ao Supremo. Na época, o peemedebista renunciou à presidência do Senado em uma manobra para não perder o mandato.

A investigação começou em 2007, mas a denúncia só foi oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em janeiro de 2013. O caso estava sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski, mas passou para as mãos do ministro Luiz Edson Fachin em junho de 2015. No último ano, imbróglios envolvendo mudança de advogados de Renan e um aditamento feito pela PGR atrasaram ainda mais a liberação do caso para julgamento. Se o Supremo receber a denúncia hoje, Renan passa a responder a uma ação penal.

O atual presidente do Senado ainda é alvo de mais 11 investigações no Supremo. O último inquérito contra o peemedebista foi aberto no dia 18 deste mês, quando o ministro Dias Toffoli autorizou a realização de diligências solicitadas pela Procuradoria-Geral da República em um desdobramento das investigações sobre o caso Mônica Veloso. Os investigadores querem mais informações sobre uma movimentação financeira de R$ 5,7 milhões de Renan, considerada incompatível com a renda do parlamentar. Além disso, ele é alvo de 8 inquéritos no âmbito da Operação Lava Jato, 1 dentro da Operação Zelotes e outro por desvios nas obras da usina de Belo Monte.

O julgamento teve início sem a presença de Renan, que no mesmo momento presidia a sessão do Senado que debateu "abuso de autoridade", com a presença de Gilmar Mendes e Sérgio Moro, como pode ser acompanhado pela cobertura feita aqui.

Esquerda Diário//Agência Estado




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