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CRISE NO RIO | Com repressão policial à resistência dos servidores, Picciani é reeleito para presidência da ALERJ

O deputado estadual Jorge Picciani (PMDB), responsável por conduzir a votação dos ataques do governador Pezão na Assembleia Legislativa, foi hoje reeleito para novo mandado na presidência da ALERJ. Para poder garantir sua eleição um forte efetivo da Polícia Militar reprimia manifestação de centenas de servidores públicos e estudantes da UERJ do lado de fora.

quarta-feira 1º de fevereiro de 2017 | Edição do dia

FOTO: Guilherme Pinto/ Agência O Globo

Picciani foi eleito para o cargo pela sexta vez, de forma não consecutiva. Concorrendo em chapa única, sua eleição era um jogo de cartas marcadas. Foram 64 votos a favor, e seis contrários - sendo os cinco deputados da bancada do PSOL e um da Rede.

O deputado do PMDB é o homem do governo de Pezão responsável por levar a frente a votação dos ataques contra os trabalhadores e o povo carioca para fazer com que estes paguem pela do estado. Ele é investigado por enriquecimento ilícito, e desfruta de privilégios parlamentares muitos distantes do sonho de qualquer funcionário público que esteja com seus salários atrasados por conta dos desmandos do governo do PMDB. Isso, contudo, não impede ele de ser um ferrenho defensor dos ajustes e privatizações que atacarão esse funcionalismo. Depois da eleição, declarou:

"O que nós vamos votar semana que vem é a oportunidade de dar uma saída ao Estado. O que nós vamos tratar aqui é daqueles que querem seguir com bombas, discussão, ou defender o Estado".

Enquanto proferia esse discurso, era possível ouvir do plenário da ALERJ o barulho das bombas que explodiam do lado de fora, e até mesmo sentir o cheiro do gás que sufocava os manifestantes e tomava conta de todo o centro da cidade, com bombas estourando em meio à Avenida Rio Brando ao lado dos ônibus e VLT que ali passavam.

Os manifestantes eram servidores públicos, principalmente da CEDAE e da UERJ, e também estudantes dessa universidade. A privatização da CEDAE faz parte dos ataques planejados por Pezão e Temer e que precisa ser aprovado pelos deputados sob o comando de Picciani.

Carolina Cacau fez uma denúncia à brutal repressão policial para garantir a eleição de Picciani.




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