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Com mais de 1 milhão de infectados pelo coronavírus, trabalhadores da saúde farão protestos simbólicos nacionalmente

Neste domingo, 21/06, acontecerá uma série de manifestações simbólicas em diversas localidades do país, referentes a crise sanitária que vem se alastrando. Além de homenagear os mortos por covid-19, os atos também são voltados para criticar o governo e reivindicar melhores condições de trabalho.

domingo 21 de junho de 2020 | Edição do dia

Os profissionais da saúde que vem sendo a linha de frente no combate ao coronavírus, já vem tomando diversas iniciativas reivindicando melhores condições de trabalho e denunciando a forma como o Estado vem administrando essa crise, por via de Bolsonaro e os governadores.

Isso torna-se extremamente evidente, ao nos depararmos que o Brasil vem escalando , só atrás dos Estados Unidos, enquanto o país com o maior número de mortes por covid-19 no mundo. Sendo também o primeiro em número de mortes entre funcionários da sáude, segundo sindicatos dessas categorias. Soma-se isso ao fato, de existir diversas denúncias de subnotificação de casos, oque significaria uma condição ainda mais alarmante do desenvolvimento da pandemia no país

O ato também coloca o caráter genocida do Governo Bolsonaro, ao impor seu negaciosismo enquanto política pública, incentivando invasões em UTIs e pedindo a reabertura do comércio, ao custo de inúmeras vidas. Não obstante, o próprio Bolsonaro recomenda o uso de cloroquina em crianças e gestantes, sendo algo criticado também pela categoria.

Os atos e manifestações simbólicas, assim como atividades nas redes sociais simultâneas aos atos acontecerão em diversas cidades como em Brasília (DF), Fortaleza (CE), Recife (PE), Caruaru (PE), São Paulo (SP) Ilhabela (SP), Campinas(SP), Cuiabá (MT), Petrolina (PE), Juazeiro do Norte (CE), Maceió (AL), Aracaju (SE), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Campo Grande (MS), Belém (PA), Londrina (PR), Pacaraima (RR), Canindé (CE) e Curitiba (PR).

Num momento, onde vemos diversos protestos denunciando condições intrínsecas ao Capitalismo, o que envolve toda a situação precária de saúde que nos foi preparada desde a sua última crise, sobretudo em países como o Brasil, torna-se fundamental nos apoiarmos nas mobilizações desses setores que vem se lançando ao combate à pandemia de forma muito mais contundente que os políticos que seguem acenando com políticas como a reabertura do comércio, a falta de testes massivos, e aplicação de ataques aos direitos dos trabalhadores para salvar os lucros dos capitalistas, entre tantas atrocidades que vem sendo cometidas.

Por isso, desde esses exemplos de luta e solidariedade que se seguem no Brasil e no mundo que devemos questionar mais profundamente a serviço de que está esse sistema, e levantar como que poderíamos garantir até o final o combate a pandemia.

É fundamental a aplicação de testes massivos, assim como a centralização do sistema de saúde, nacionalizando os hospitais privados, e passando pelo controle justamente desses profissionais que estão na linha de frente. Assim como a adoção de medidas que poderiam planificar a economia em torno da necessidade de salvar vidas, como uma reconversão da indústria para produzir insumos como respiradores, e o não pagamento da dívida pública que suga os recursos do país para os cofres dos imperialistas. Dessa forma, conseguiremos avançar de forma consequente no intento de enfrentar essa pandemia e a chave passa pela luta e mobilização unificada dos trabalhadores.

foto: https://www.vidaeacao.com.br/wp-content/uploads/2020/05/protesto-enfermeiras-dia-do-trabalho-coronavirus-ueslei-marcelino-reuters.jpg
fonte: (Ueslei marcelino/reuters)




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