×

Mobilização | Atos pelo país exigem Justiça por Moïse com imigrantes, refugiados e a comunidade congolesa na linha de frente

Atos ocorreram nas principais capitais do país, com a força dos imigrantes, dos refugiados e da comunidade congolesa na linha de frente da mobilização mostrando toda sua indignação frente ao brutal assassinato de Moïse e frente ao racismo e a xenofobia.

sábado 5 de fevereiro de 2022 | Edição do dia

De norte a sul do país, aconteceram atos nas principais cidades do país, que foram contagiadas com a enorme força e indignação da comunidade congolesa, mas também de imigrantes e refugiados de várias parte do mundo, como Bolívia, Haiti, Senegal, Angola e outros. Apesar do esforço da grande imprensa em esconder esse dia de mobilização, os atos fizeram o grito de justiça por Moïse ecoar em cada canto do Brasil.

Essa força nas ruas mostra o caminho para luta contra o racismo, a xenofobia e todos os ataques que retiram direitos e precarizam a vida da população. Essa força acumulada e organizada, pode ser um motor para enfrentar Bolsonaro, Mourão e o governo nas ruas.

O brutal assassinato de Moïse demonstra o enorme desafio não só para o enfrentamento da extrema direita que propaga e legitima os mais profundos preconceitos e do capitalismo que impõe e reproduz todo tipo de opressão, mas também do Centrão, Congresso e STF que aprovam as reformas e privatizações.

Com a força da unidade entre imigrantes, refugiados e nativos, brancos e negros, homens e mulheres, efetivos e terceirizados, a potência da classe trabalhadora também pode se organizar nos locais de trabalho e tomar às ruas.

Como diz a declaração do Quilombo Vermelho "nada disso ficará sem resposta. A luta de classes em nosso país sempre foi negra, como a luta de Zumbi e Dandara, que nunca se curvaram à política de conciliação e que por isso faziam a Coroa temer a força revolucionária dos quilombos. É neste espírito que devemos lutar por justiça, com a força da luta e mobilização."

Para que a força dos atos de rua que se expressou hoje se expanda e aprofunde, é preciso um plano de luta para arrancar justiça para Moïse. Hoje, os atos já poderiam ter sido maiores se as centrais sindicais e organizações como o PT que dirige milhares de sindicatos pelo país tivessem colocado toda sua força.

As centrais sindicais e organizações estudantis precisam construir um plano de lutas para que as mobilizações não terminem hoje, convocando novos atos, fazendo uma campanha permanente por justiça a Moïse e contra o racismo e a xenofobia, debatendo isso em todas estruturas operárias e estudantis.

Essa luta pode e deve selar a aliança dos trabalhadores brasileiros e os imigrantes e refugiados, superando a separação de pautas, unificando nossas fileiras para batalhar contra o racismo, a xenofobia, e também contra a precarização do trabalho, pela revogação da reforma trabalhista e revogação da portaria 666 de Sérgio Moro, que é um forte ataque aos direitos dos imigrantes no Brasil.

Veja também: Letícia Parks: "A morte de Moïse é símbolo da reforma trabalhista e do Brasil racista de Bolsonaro e Mourão"




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias