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EUA | Com declaração machista, juíza declara Dr. Luke inocente no caso de Kesha

Na Suprema Corte do estado de Nova York, onde o processo estava na segunda instância, a juíza alegou que “nenhum estupro é um crime motivado por gênero”.

sábado 9 de abril de 2016 | Edição do dia

Na primeira decisão em fevereiro as decisões já beneficiaram o produtor, Dr. Luke, e a gravadora Sony. Depois de impedir a quebra contratual com sua produtora Sony, Kesha lançou-se na internet a campanha #FreeKesha que tem mais de 200 mil curtidas. A justiça americana, além de não apurar os relatos de violência que fizeram Kesha ir a justiça, mantém a artista presa ao mesmo contrato do produtor que a violentou sexualmente e a induziu a ter distúrbios alimentares.

Dr. Luke foi inocentado de 7 das 8 acusações que Kesha move contra ele, que envolvem dois casos de estupro que a juíza considerou que prescreveram, além crimes de ódio contra mulheres e indução a distúrbio alimentar, do qual a cantora teve que se internar em 2014 para tratar. A única decisão que ainda está em aberto é sobre os termos do contrato, mas não se diz nada sobre a quebra dele.

Na absurda decisão a juíza Shirley Werner Kornreich alegou que não havia provas sobre os abusos sexuais e que, relativo aos crimes de ódio ligados aos abusos “nenhum estupro é um crime motivado por gênero”.

As acusações que Kesha faz contra Dr. Luke e a Sony mostram a força da indústria cultural e como a opressão contra a mulher é uma das bases para as vendas bilionárias dessa indústria. Para a justiça americana é mais importante justificar o injustificável, como a juíza da Suprema Corte fez, do que superar o machismo sob o qual essa indústria se construiu. Kesha ainda nem conseguiu depor contra seus agressores, muito menos seguir sua carreira tranquilamente, mas a conspiração contra ela segue armada.

Sobre a crítica à indústria cultural e o monopólio da arte feito no capitalismo, assista o vídeo de Marie, militante da Faísca - Juventude Anticapitalista e Revolucionária:

Não sei o que dizer, apenas sentir. E eu odeio edição. Sobre Ke$ha, meu ódio ao Dr Luke e a Sony. E também meu ódio...

Publicado por Marie Chérie em Quarta, 2 de março de 2016




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