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CRISE NA HABITAÇÃO | Com aumento do desemprego déficit na habitação chega a 6,2 milhões

Segundo pesquisa da Fundação João Pinheiro, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o déficit habitacional aumentou para 6,2 milhões de habitações em 2015, 2% a mais do que no ano anterior.

segunda-feira 28 de agosto de 2017 | Edição do dia

Para ser calculado, o déficit habitacional leva em conta, as habitações precárias, casas que são compartilhadas por mais de uma família, casas que tem em média mais de 3 moradores por cômodo, e famílias que gastam pelo menos 30% da renda com aluguel, com renda de no máximo 3 salários mínimos, esse último fator é o maior responsável pelo aumento do déficit segundo a pesquisa.

Há regiões em que o custo excessivo do aluguel representa mais de 60% do cálculo do déficit habitacional, como por exemplo em Curitiba (66,1%), Rio de Janeiro (65,3%), Recife (63,7%), São Paulo (60,9%) e Fortaleza (60,2%), e a tendência é de aumento desse número, com a recessão no ano de 2016.

Além do custo do aluguel, a diminuição da construção de residências destinadas a cobrir a faixa 1 do programa "Minha casa minha vida", a que se destina às pessoas de baixa renda, também é apontada como um dos responsáveis pelo déficit. Com a meta de 170 mil, em 2017, por exemplo, somente foram contratadas 2,4 mil unidades até junho.

Mesmo com a queda nos valores dos aluguéis, a renda dos trabalhadores brasileiros também diminuiu, por isso os aluguéis ainda continuam insustentáveis. Ainda mais quando olhamos para os índices de desemprego, que já chega a mais de 14 milhões de pessoas, e do aumento de demissões e de dos trabalhos precários da terceirização, que não dá nenhuma estabilidade ao trabalhador e deve se aprofundar ainda mais quando a reforma trabalhista entrar em vigor.




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