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SÃO PAULO | Com atraso estações da Linha 5 do Metrô são inauguradas para serem privatizadas

As estações foram inauguradas mesmo inacabadas, para antecipar o plano de Alckmin de privatizar a Linha 5 Lilás e vendê-lo a preço de banana para os empresários corruptos que já atuam nos contratos de privatização do metrô e que financiam sua campanha eleitoral

quinta-feira 7 de setembro de 2017 | Edição do dia

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Fotos: Paulo Iannone

Ontem, 6, ocorreu a inauguração das estações Brooklin, Alto da Boa Vista e Borba Gato, 3 novas estações da Linha 5 - Lilás do Metrô de SP, em que o Governador Geraldo Alckmin esteve presente. As estações foram inauguradas mesmo inacabadas, para antecipar o plano de Alckmin de privatizar a Linha 5 Lilás e vendê-lo a preço de banana para os empresários corruptos que já atuam nos contratos de privatização do metrô e que financiam sua campanha eleitoral. Esta antecipação colocou em risco a segurança dos presentes assim como os futuros usuários, pois as instalações ainda não estão alinhadas com as normas de segurança que regem todas as instalações públicas do metrô.

O sindicato dos metroviários esteve lá junto com algumas entidades dos movimentos sociais, para mostrar ao governador que essa entrega do serviço público não será feita de maneira impune, e que o sindicato e a população serão sim um obstáculo para a privatização do metrô.

A demagogia de Alckmin para se mostrar como o governador que pensa na mobilidade urbana enquanto demite dezenas de funcionários do metrô nos últimos meses, é parte de iniciar sua campanha eleitoral ao cargo de presidente da República e também armar o maior plano de privatização do governo estadual, que envolve inicialmente ceder à iniciativa privada todas as bilheterias do metrô, pagando para a empresa envolvida o mesmo salário dos trabalhadores efetivos, porém aceitando que ela pague apenas o salário mínimo para esses trabalhadores, o que é uma redução de cerca de 70%. O gasto do estado irá permanecer o mesmo, pois os planos de privatização envolvem subsídios altíssimos os cofres públicos, como ocorre com a Linha 4 - Amarela, que recebe por estações que não foram aberta e possui uma garantia de lucro do estado, pago com a arrecadação das estações públicas.

Essa privatização somente irá trazer uma piora para os serviços aos usuários, pois estes empresários que estão interessados na compra do metrô apenas se preocupam com seus lucros e nada estão interessados com o atendimento aos usuários, precarizando o trabalho dos funcionários, que serão cada vez menos para atender a população. Isso deixa o sistema do metrô exposto, assim como a segurança dos usuários.

Para Marília, diretora do sindicato dos metroviários e integrante da secretaria de mulheres da entidade, "É um absurdo que o Governador Alckmin e a direção do metrô sejam tão irresponsáveis e que em um momento de várias denúncias de assédio no transporte público, eles estejam trabalhando para diminuir cada vez mais o quadro de funcionários, deixando assim cada vez mais as milhões de usuárias que pegam o metrô cotidianamente expostas a violência. Devemos lutar para a contratação de mais funcionários e por um plano de assistência às usuárias vítimas de assédio, que seja gerida pelo sindicato e não pela empresa, que culpabiliza as mulheres por terem sido assediadas e camufla o número real de vitimas."

Temos que lutar contra a privatização e a terceirização, temos que lutar contra as demissões arbitrárias feitas por Geraldo Alckmin através da direção do metrô de São Paulo, e que haja um plano de expansão do metrô público e a serviço da população.




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