A reforma trabalhista que entra em vigor no próximo sábado (11/11) permite que mulheres grávidas trabalhem em áreas com risco de contaminação, uma tragédia à classe trabalhadora e principalmente as mulheres.
segunda-feira 6 de novembro de 2017 | Edição do dia
Agora mulheres que trabalham em lugares insalubres, ou seja, que podem fazer mal a saúde, como barulho, calor, frio ou radiação em excesso, poderão permanecer em seus postos de trabalho mesmo grávidas, desde que a insalubridade seja de grau mínimo ou médio.
Com os novos planos de ataque do governo, muitas mulheres estão adiando o plano de terem filhos, antes da reforma elas não poderiam trabalhar em ambientes insalubres em nenhuma hipótese. Agora só poderão se afastar a partir de um atestado médico.
Em caso de amamentação a mulher deverá permanecer em seu posto de trabalho independente do grau de insalubridade.
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As novas regras sobre o trabalho insalubre de mulheres que ainda estao amamentando ainda podem sofrer mudanças, logo que a reforma foi aprovada o governo prometeu que editaria uma MP (Medida Provisória) alterando alguns pontos da nova lei, incluindo o de trabalho insalubre. A MP é parte do acordo entre o governo e sua base no Senado para que a reforma fosse aprovada com mais rapidez.
Na época o governo chegou a divulgar um esboço sobre a MP, onde as mulheres gravidas seriam afastadas dos postos de trabalho insalubres, mas poderiam apresentar um atestado médico “voluntariamente“, liberando seu trabalho em locais de baixa e média insalubridade. Essa MP ate o momento não foi enviada ao Congresso.
A reforma trabalhista que segue com a ilusão de “negociação“ com o patrão, além de nos colocar uma realidade de trabalho precário, com mais horas trabalhadas e salários cada vez menores, ataca as mulheres de forma mais brutal, colocando em risco suas vidas e a de seus filhos.
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