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PROFESSORES MUNICIPAIS SP | Cláudio Fonseca, burocrata do PPS, quer calar as vozes de 4 mil professores

Cláudio Fonseca, vereador do PPS e presidente do Sinpeem, não permite que Congresso de professores municipais saia com posicionamento público contra Bolsonaro, contrariando o repúdio de professores que querem lutar contra e extrema-direita.

quinta-feira 18 de outubro de 2018 | Edição do dia

O Movimento Nossa Classe Educação presente 29° Congresso do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (SIMPEEM) que reúne numa conjuntura como essa mais de 4 mil delegados da categoria, expressa através dessa nota sua indignação em relação a imposição de Cláudio Fonseca, vereador do PPS e presidente do Sindicato para que não saia do Congresso nenhum posicionamento público contra Bolsonaro. Quando desde o primeiro dia do Congresso ecoa em cada plenária e em cada Grupo de Discussão um grito de #elenão e distintas expressões de rechaço à Bolsonaro, exatamente porque a categoria que derrotou Doria esso ano é combativa e mais do que isso, é composta de uma maioria esmagadora de mulheres, essas que Bolsonaro considera "fraquejadas" e que evidentemente são contra tudo que ele significa.

E expressamos aqui, assim como viemos discutindo em todas as nossa intervenções durante o evento que essa é a nossa principal exigência: Que o SINPEEM se posicione publicamente contra Bolsonaro e organize essa luta contra Bolsonaro através dos Comitês regionais de base que sejam contra ele, o golpismo e as Reformas! Exigindo também da CUT e da CTB que organizem a luta nas demais categorias, pois é necessário organizar os trabalhadores contra Bolsonaro e isso tem de ser feito agora!

Claudio Fonseca que se esconde atrás de um discurso democrático e de "esquerda" para não se mostrar como é, ou seja, um político que tem atrás de si um partido golpista que passa um pano pra Bolsonato e agora, em nosso Congresso, ou seja, da nossa categoria, quer calar a voz de mais de 4.000 delegados eleitos por suas escolas. Não aceitaremos! O interesse de Cláudio é de manter no Congresso a "neutralidade" que seu partido votou, o que por baixo é uma política contra Haddad e o PT e que lava a cara de Bolsonaro.

Nós, do Nossa Classe votamos em Haddad, votamos 13, contra Bolsonaro, acompanhado o voto da classe trabalhadora, das mulheres, negros e Lgbts. E fazemos isso sem declarar qualquer apoio político a Haddad e a estratégia de conciliação de classes e eleitoreira que o PT construiu em sua trajetória.

Em todos os espaços onde se expressou um posicionamento contrário a Bolsonaro a categoria fez ecoar #elenão! Uma categoria de maioria de mulheres, muitas de nós negras e representantes da classe trabalhadora que sabe o que significa Bolsonaro e que é necessário enfrentá-lo, não só nas ruas mas tb nas ruas, através da luta de classes que é o nosso método. E é exatamente porque o posicionamento dos professores pode fazer toda a diferença para mostrar a força da categoria que derrotou SAMPAPREV fazendo frente contra a extrema direita, essa que deu uma demonstração da sua brutalidade com o assassinato de Mestre Moa, que Claudio quer impedir que votemos essa posição!

O golpismo de Claudio se expressou também através de ações que repudiamos, como no fato de ter mandando seus seguranças recolherem os panfletos que uma das Correntes da Oposição estava entregando, inclusive tratando esses professores com truculência. Cláudio quer censurar toda discussão que expresse um posicionamento distinto do seu e que se enfrente com Bolsonaro! Além disso, também nas mesas organizadas, os professores tiveram que combater palestrantes que ora responsabilizavam as mulheres pela opressão que sofrem, ora defendiam amenizam as consequências da privatização, reivindicando esse tipo de iniciativa, isso num Congresso cujo tema é "Educação: privatização e terceirização".

Nós nos organizamos em março e precisamos nos organizar agora junto à nossa classe para barrar a extrema-direita e todos os ataques que inclusive já começaram, por isso é mais escandaloso ainda que o Presidente do maior sindicato do funcionalismo municipal do país, sufocar esse posicionamento em defesa de seus interesses políticos que não estão alinhados com a os da categoria, sabendo que Bolsonaro vai atacar inclusive a auto-organização dos trabalhadores é uma grande traição! Seu ministro da Fazenda, o ultra-neoliberal Paulo Guedes pretende atacar profundamente aos direitos conquistados dos trabalhadores. Sua agenda de cortes afetará especialmente aos professores, incluindo uma profundidade ímpar na educação em que seu programa para educação que tratam Charles Darwin e Evolução como "doutrinação" em que o próprio ministério de educação está ameaçado.

Por tudo isso, nós do Movimento Nossa Classe chamamos todos os delegados desse Congresso a tomarem em suas mãos os rumos das decisões que serão votadas hoje no 3° dia, garantindo que daqui saia um forte posicionamento contra Bolsonaro e decisões de como organizar a nossa luta, pois essa é a vontade da maioria dos lutadores e lutadoras que ocupam esse plenário!




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