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CORONAVÍRUS | China decide reativar a economia para “voltar à normalidade”

Após os anúncios de controle e redução da pandemia na China, as autoridades do país tomam medidas para a reativação da economia e a abertura de fábricas, sem que as consequências sociais, econômicas e políticas deixadas pela pandemia tenham sido resolvidas.

quinta-feira 30 de abril de 2020 | Edição do dia

Embora as perspectivas de mitigação da pandemia na China, em comparação com a dinâmica global como um todo, pareçam melhores, o choque que deixou no país ainda não apresenta os mesmos sintomas.

Milhares de desempregados e salários cortados pela metade levaram uma quantidade enorme de trabalhadores à falência. Além disso, estão as consequências de meses de confinamento e controle por parte do estado chinês. A produção diminui no setor agrícola, afetando o fornecimento de insumos básicos e deixando os agricultores em ruínas.

As empresas decidiram reabrir as fábricas e o governo chinês anunciou que a sessão anual do parlamento, realizada todos os anos desde 1978, será realizada no dia 22 de maio de maneira “normal”, reunindo 3.000 deputados em Pequim.

A agência oficial de Xinhua anunciou que, “ao melhorar a situação progressivamente”, é necessário retomar o ritmo normal para que possam abrir as portas da capital chinesa, e o conselho da cidade de Pequim anunciou o levantamento da quarentena obrigatória de 14 dias para aqueles que chegavam à capital.

Assim, o governo Chinês começa a mostrar sinais de “força” contra os Estados Unidos, que hoje se encontram com um milhão de infectados e mais de 60.000 mortes. Apesar de Trump também ter feito anúncios de “planos para retomar a economia”.

Embora o governo chinês anuncie um retorno à normalidade, a verdade é que o cenário mundial ainda é de paralisia pela pandemia. A contração econômica da China, -6,8%, em seu crescimento econômico, igual à experimentada pelas grandes economias capitalistas.

Seus principais parceiros comerciais na região, União Europeia e EUA, também continuam a enfrentar a crise econômica e de saúde sem encontrar soluções reais; o que no panorama político internacional aumenta as tensões na elite política e empresarial.

Os efeitos devastadores na economia também foram são sentidos, de maneira dura, pelos trabalhadores e setores populares empobrecidos da China, e ainda mais com o “anúncio de um retorno à normalidade” para os dias de trabalho extenuante nas fábricas.




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