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Polo Socialista e Revolucionário | Chamado à CST para a construção do Polo Socialista e Revolucionário

Chamado do MRT(Movimento Revolucionário de Trabalhadores) que impulsiona e constrói o Esquerda Diário à CST, para a construção do Polo Socialista e Revolucionário.

segunda-feira 6 de dezembro de 2021 | Edição do dia

Companheiras e companheiros da CST, escrevemos essa carta diante da difícil situação política em que se encontra a nossa classe, entrando no 4º ano de governo Bolsonaro-Mourão em uma grave crise econômica descarregada sobre as costas dos trabalhadores, mulheres, indígenas, negros e da juventude. As instituições deste regime degradado, como o STF e as instituições que compõem o poder judiciário, bem como o Congresso Nacional vêm atuando como um verdadeiro balcão de negócios da burguesia, unificados com o governo Bolsonaro para aprovar reformas e privatizações.

Neste cenário, Lula e o PT encabeçam a política de frente ampla, inclusive com a direita fazendo inúmeras declarações elogiosas, e sinalizando a possibilidade de ter o reacionário Alckmin como vice. Isso está articulado com a busca de canalizar o descontentamento social a saídas institucionais e eleitorais, fazendo com que os trabalhadores sejam meros espectadores de uma possível volta de Lula ao governo, ao mesmo tempo que deixa claro que não irá reverter as reformas e privatizações já aprovadas.Para isso contam com as direções das grandes centrais sindicais como a CUT e a CTB, dirigidas pelo PT e PCdoB respectivamente, que cumprem um papel permanente de dividir, desmobilizar e impedir que esse descontentamento se transforme em mobilização com um plano de luta unificado, que precisaria culminar em uma forte paralisação nacional contra todos os ataques.

Vimos no Chile o resultado da política da Frente Ampla e do PC, que buscaram conter e desviar as grandes mobilizações para as instituições do regime, fazendo um pacto com Pinera e articulando uma Constituinte tutelada. O resultado dessa política traidora só pode favorecer a direita e a extrema-direita e enfraquecer a luta dos trabalhadores e do povo chileno, lições que precisam ser extraídas pela vanguarda aqui no Brasil.

Parte importante da esquerda está se subordinando a esta política do PT, como se expressou na posição majoritária no Congresso do PSOL, com correntes internas que já definem que Lula é a esperança do povo brasileiro. Outras chegaram a tratar como “possibilidade tática” a defesa de uma frente ampla encabeçada por Ciro Gomes. Estão muito distantes de apontar qualquer saída revolucionária e de independência de classe. Por outro lado, vemos as correntes que querem reviver a nefasta tradição stalinista no Brasil trazendo à tona uma política de “poder popular” sempre subordinado às burguesias nacionais.

Neste sentido consideramos urgente unificar a esquerda revolucionária que não se subordinou à política do PT e quer construir uma alternativa de atuação concreta para a luta de classes. Por isso, consideramos importante a proposta de um Polo Socialista e Revolucionário apresentado pelos companheiros do PSTU e ativistas, ao qual nos somamos recentemente. É uma das iniciativas necessárias, dentre outras que possam surgir e que queremos impulsionar também em comum. Nossa visão é que este Polo deveria se pautar pela intervenção nos processos de luta de classes, batalhando em cada local pela frente única operária exigindo das direções sindicais que parem de trégua e organizem a luta. Um Polo que apresente um programa para que sejam os capitalistas que paguem pela crise, em nossa visão se inspirando na experiência da Frente de Esquerda Unidade na Argentina.

Ao mesmo tempo consideramos insuficiente a composição atual do Polo Socialista e Revolucionário, e estamos atuando para que novas organizações e setores encampem esse projeto. Chamamos a esse debate também os setores da esquerda radical do PSOL que defendam a necessidade de uma alternativa política realmente de independência de classe, e não aceitem ser parte da submissão à conciliação de classes petista, como o PSOL está fazendo. Consideramos que seria fundamental a participação ativa dos companheiros e companheiras da CST somando para que possamos impulsionar um Polo que realmente faça a diferença na luta de classes com um programa de independência de classe, que possa ser base para futuras experiências políticas e eleitorais. Por isso, fazemos esse chamado aos companheiros e companheiras, para que componham essa importante discussão e façam parte dos esforços na batalha para a construção de uma alternativa política de independência de classes.




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