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SE FORTALECEM LUTAS NAS FÁBRICAS | Cercar de solidariedade a ocupação da Mabe e coordenar as lutas metalúrgicas em curso

A ocupação da Mabe tem um grande significado no atual cenário nacional, a primeira ocupação de fábrica nesse conturbado segundo mandato de Dilma/PT, uma resposta mais dura dos trabalhadores frente ao grave cenário da indústria no país, com muitos ataques, mas com uma enorme disposição de resistência operária.

Evandro NogueiraSão José dos Campos

sábado 20 de fevereiro de 2016 | Edição do dia

Foto: Arteb: assembleia discute fechamento e demissões

Essa ocupação se dá num contexto em que várias metalúrgicas estão em greve contra atrasos de salários e demissões, cenário comum de anteceder um pedido de falência e calote contra os trabalhadores. É o que acaba de ocorrer na Arteb, uma das dez maiores autopeças do ABC, que anunciou 300 demissões e pedido de recuperação judicial. Ainda no ABC, segue greve na Karman Ghia, contra atrasos de salário desde dezembro e na capital, greve na Alumínio Brilhante; na Imbe e também na autopeças Italspeed. Todas essas greves tem em comum uma barreira para se desenvolverem, que é o fato de serem controladas por burocratas sindicais da CUT, CTB ou da Força Sindical, que independente da sua relação de apoio ou oposição ao governo Dilma, sempre favorecem as patronais, traindo as greves por migalhas ou diretamente aceitando ataques como se fossem concessões, como no caso do PPE, lay off ou PDV.

Contra os ataques que o governo e a patronal tem desferido aos trabalhadores, buscando fazer com que esses paguem pela crise criada pelos bancos e patrões, o exemplo da Mabe se ergue como um chamado à todas as fábricas com salários atrasados, que venham a demitir e declarar falência. Ainda está em tempo da CSP-Conlutas rever sua linha de atuação no caso das 517 demissões na GM e colocar em prática medidas concretas de solidariedade e coordenação das lutas em curso. A CSP Conlutas deve assumir essa tarefa com centralidade e tirar um plano concreto de medidas que fortaleçam as ocupações da Mabe, neste momento, e outras importantes como essa que seguirão surgindo.

Se começamos com um exemplo de coordenação a partir da MABE e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José, temos mais força para impor para a burocracia sindical medidas que coordenem o conjunto da luta metalúrgica em todo o país, um dos setores mais atacados nessa crise. O MRT seguirá colocando todas as suas energias e instrumentos como o Esquerda Diário a serviço de concretizar essa perspectiva.




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